
Catecismo da Igreja Católica
“Lendo o ‘Catecismo da Igreja Católica’, pode-se captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus, do seu desígnio de salvação, bem como a centralidade de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, enviado pelo Pai, feito homem no seio da Santíssima Virgem Maria por obra do Espírito Santo, para ser o nosso Salvador.
“Morto e ressuscitado, ele está sempre presente na sua Igreja, particularmente nos sacramentos; ele é a fonte da fé, o modelo do agir cristão e o Mestre da nossa oração.”
· 1 - Material de Apoio- (Acesso Livre)
· 2 - Introdução- (Acesso Livre)
· 3 - Prólogo - Catecismo da Igreja Católica- (Acesso Livre)
· 4 - O homem é "capaz" de Deus- (Acesso Livre)
· 5 - Provas da existência de Deus- (Acesso Livre)
· 6 - O conhecimento de Deus segundo a Igreja- (Acesso Livre)
· 7 - Como falar de Deus?- (Acesso Livre)
· 8 - Capítulo II- Deus vem ao encontro do homem
· 9 - As etapas da revelação
· 10 - Deus elege Abraão
· 11 - Deus forma seu povo Israel
· 12 - Cristo Jesus "Mediador e Plenitude de toda a Revelação"
· 13 - Não haverá outra Revelação
· 14 - A Transmissão da Revelação Divina
· 15 - A Tradição Apostólica
· 16 - A relação entre a Tradição e a Sagrada Escritura
· 17 - A interpretação do Depósito da Fé
· 18 - Os Dogmas da Fé - Parte I
· 19 - Os Dogmas da Fé - Parte II
· 20 - Os Dogmas da Fé - Parte III
· 21 - Senso Sobrenatural da Fé
· 22 - A Sagrada Escritura
· 23 - Inspiração e Verdade da Sagrada Escritura
· 24 - Os Sentidos da Escritura
· 25 - Os Sentidos da Escritura - Parte II
· 26 - O Cânon das Escrituras
· 27 - O Antigo Testamento
· 28 - A Unidade entre o Antigo e o Novo Testamento
· 29 - A Sagrada Escritura na vida da Igreja
· 30 - A Resposta do Homem a Deus
· 31 - Jesus o "Autor e Realizador da Fé" / Maria "Bem-Aventurada a que Acreditou"
· 32 - "Sei em quem pus minha Fé" (2Tm 1,12) - Crer Somente em Deus
· 33 - As Características da Fé
· 34 - A Fé é um ato humano
· 35 - A Fé e a inteligência
· 36 - A profissão da fé cristã - Os símbolos da fé - Parte I
· 37 - A profissão da fé cristã - Os símbolos da fé - Parte II
· 38 - Creio em Deus Pai
· 39 - Deus revela o seu Nome
· 40 - Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
· 41 - Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo - Parte II
· 42 - A Revelação de Deus como Trindade
· 43 - O Pai e o Filho Revelados pelo Espírito Santo
· 44 - Dogma da Santíssima Trindade
· 45 - Dogma da Santíssima Trindade - Parte II
· 46 - Deus Todo-Poderoso
· 47 - O Criador
· 48 - O Criador - Parte II
· 49 - A Criação - Obra da Santíssima Trindade
· 50 - Deus realiza o seu projeto: A Divina Providência
· 51 - Deus realiza o seu projeto: A Divina Providência - Parte II
· 52 - A Providência e o Escândalo do Mal - Parte I
· 53 - A Providência e o Escândalo do Mal - Parte II
· 54 - Deus Criador do Céu e da Terra - Parte I
· 55 - Deus Criador do Céu e da Terra - Parte II
· 56 - Cristo "Com Todos os Seus Anjos" - Parte I
· 57 - Cristo "Com Todos os Seus Anjos" - Parte II
· 58 - Os Anjos na Vida da Igreja - Parte I
· 59 - Os Anjos na Vida da Igreja - Parte II
· 60 - O Mundo Visível - Parte I
· 61 - O Mundo Visível - Parte II
· 62 - O Homem
· 63 - O Homem - Parte II
· 64 - "Corpore et anima unus" (Uno de alma e corpo)
· 65 - "Corpore et anima unus" (Uno de alma e corpo) - Parte II
· 66 - "Corpore et anima unus" (Uno de alma e corpo) - Parte III
· 67 - "Homem e mulher os criou" - Igualdade e diferença queridas por Deus
· 68 - O homem no paraíso- (Acesso Livre)
· 69 - A Queda
· 70 - A queda dos anjos
· 71 - O pecado original
· 72 - Consequências do pecado de Adão para a humanidade- (Acesso Livre)
catecismo@padrepauloricardo.org
3-Prólogo - Catecismo da Igreja Católica
Primeira Aula
l. Qual é o desígnio de Deus para o homem?
Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em si mesmo, por um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar da sua vida bem-aventurada. Na plenitude dos tempos, Deus Pai enviou seu Filho como redentor e salvador dos homens caídos no pecado, convocando-os para sua Igreja e tornando-os filhos adotivos por obra do Espírito Santo e herdeiros da sua eterna bemaventurança. 1-25
Aqui cada expressão foi bem pensada, bem articulada. Então nos temos algo aqui bastante interessante para o nosso estudo. Primeira coisa, então vamos ver parte por parte. Deus infinitamente perfeito e bem-aventurado em si mesmo, então o que ele quer dizer com isso? Isso quer dizer o seguinte Deus não precisa de nós, ou seja Deus é infinitamente perfeito, ele não é incompleto. Existe algumas teologias ou filosofias moderna que ficaram até um pouco famosas, que falam de uma solidão de Deus, que Deus precisava da Criação que Deus precisava do outro. Sobretudo emauel nevilar, judeu e usando um pouco da teologia judaica através da cabala e das varias fontes orais do OTalmude jucaico, levina diz, que Deus para criar o mundo, ele se encolhe, e então ali ele da espaço ao mundo para que Deus tivesse o outro, “Deus precisa de um outro”. Nos católicos não cremos nisso, não cremos que Deus precisa de um outro, Deus ele já tem a sua perfeição, também porque nos cremos em Deus trindade, então Deus já te essa relação perfeita de Amor. Então exatamente por isso diz: Deus bem-aventurado em si mesmo, vamos entender a palavra bem-aventurado, essa palavra que dizer feliz, a beatitude,a felicidade a bem-aventurança a realização Deus é realizado em si, Deus não é carente, Deus não precisa de nós,Deus não precisava criar o Mundo. Pra que agente precisa dizer isso logo no inicio? Para entendermos que a criação foi um ato absolutamente livre de Deus, Deus quando criou o mundo, criou-o porque é livre,Deus não era obrigado a criar o mundo, Deus não precisava criar o mundo. Então por uma designo de pura bondade, criou livremente o homem pra fazê-lo participar da sua bem-aventurança. Esse criou livremente o homem, é muito importante, e é aqui que está uma das coisas e importante que você saiba disso. Os cientistas que ficam procurando investigando a natureza, pra saber se existe Deus ou não existe Deus, investigam a criação para comprovar, ele querem saber como é, Deus existe ou não, vamos ver, se ouve ou não ouve uma criação por parte de Deus. E eles tentam encontrar nexo lógicos, leis físicas para provar isso. Meus irmãos essa façanha é impossíve, por uma razão muito simples, não é possível deduzir a liberdade. Por exemplo agente já tem dificuldade de deduzir as coisas através de mecanismo da natureza, vamos supor você abre uma pagina da internet, em que ta lá a previsão do tempo, essa previsão do tempo é infalível? Não! Mas nos entanto nos sabemos que dá pra fazer uma certa previsão do tempo, por que? Porque as leis da natureza não são leis livres, não é assim que a natureza resolve de livre arbítrio, por livre decisão de sua vontade, a natureza resolve fazer uma furação, não! Se o furação aconteceu, ouve uma causa e essa causa é de alguma forma podia ser deduzida anteriormente mais os fatores são tão complexo que nossa mente não consegue prever completamente. Ta bom, enquanto estamos ai tentando deduzir se vai chover amanha ou não, até ai agente dá conta. Mas quando se trata de liberdade como é que vou deduzir alguma coisa? Vamos supor to aqui dando aula pra você e to com o copo d’água na mão, muito bem eu agora, estou com o copo da d água, a pergunta é, eu vou tomar água, ou eu vou colocar o copo de água na mesa? Qual das duas coisas você acha que vai acontecer? Não dá pra deduzir, você pode tentar deduzir o tanto que você quiser, existe um problemas fundamental, eu sou livre eu faço o que eu quiser, isso quer dizer o que, que eu ainda não decidir, nem eu sei... se foi tomar, ou se vou colocar ele de volta no lugar , porque ainda eu não decidir, ta entendendo? Então se eu ainda não decidir, como é que você, pretende deduzir alguma coisa? Não dá pra deduzir as coisas. Pronto ponho de volta e não bebo água. É tipo da coisas que os cientistas não percebem, a criação do mundo, a criação do homem, é uma criação livre. Não avia nenhum mecanismo, não havia nenhuma lógica de necessidade que dizia que o homem tinha que acontecer, o homem tinha que existir, não! O homem não tinha que existir! Deus podia não ter criado o homem. Então diz o nosso compêndio: por um desígnio de pura bondade, pura bondade porque? Porque Deus não ganhou nada com isso. criou livremente o homem para fazê-lo participar da sua vida bem-aventurada. Desde a primeira frase do compendio, nos vemos essa beleza de que, nos fomos chamados a esse vida bem-aventurada com Deus, isso quer dizer o seguinte, você católico, primeira frase do nosso catecismo, você não foi feito pra esse mundo, você está aqui mas não foi feito pra esse mundo. A nossa vida aqui neste mundo é o inicio, é uma começo, nos estamos aqui só iniciando, você veio a esse mundo, mas não veio para esse mundo! Deus colocou você aqui para, preparar a sua vida com ele no céu, para fazê-lo participar da sua vida bem-aventurada. O compendio continua dizendo assim: Deus Pai enviou seu Filho como redentor e salvador dos homens caídos no pecado, Então veja só, aqui nesta segunda frase eu não li toda, mas ela é uma frase trinitária, então fala do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, (É importante sempre quando agente ler as coisas notar essa riqueza da trindade que está ai presente nos nosso catecismo)Na plenitude dos tempos, Deus Pai enviou seu Filho como redentor e salvador dos homens caídos no pecado. Então aqui nos já estamos no segundo mistério, o mistério da redenção, primeiro nos falamos de criação, nos fomos criados, e fomos criados para, participar da vida bem-aventurada de Deus, é isso que Deus quis, ele nos queria nos criar para vivermos com ele. O catecismo Poe ate um titilo: A VIDA DO HOMEM É CONHECER E AMAR A DEUS. Acontece porem gente, que nos pecamos e esse projeto então se rompeu o vaso se quebrou, aconteceu alguma coisa, que não estava no projeto de Deu, Deus não queria, Deus não projetou o pecado, mas no entanto, ele aconteceu, então na plenitude dos tempos Deus Pai enviou seu Filho como redentor e salvador dos homens caídos no pecado. Se nos seres humanos, pobres, miseráveis criaturas, já precisamos de salvação, por nos mesmo isso que dizer o seguinte, nos não teríamos tido condição de participar da vida bem-aventurada de Deus se Deus não nos salvasse de alguma forma, mas essa necessidade de salvação, aumentou ainda mais com fato de nos ter caído no pecado. Então o abismo só aumentou, aqui então seja necessário parar um pouco pra explicar isso um pouco melhor: O homem salvo por Deus, ele recebeu a salvação, através em primeiro lugar, da encarnação de nosso senhor Jesus cristo, vamos entender o seguinte, existe um abismo imenso entre Deus e o homem, de jeito nenhum o ser humano conseguiria transpor esse abismo de jeito nenhum nos conseguiríamos por nossos próprios esforços chegar a vida bem-aventurada junto de Deus, então o que aconteceu? Deus para nos salvar, veio e se fez homem, igual a nós, então já que nos não ti amos condições de subir ele desceu, e aqui é que acontece a salvação, aqui é que nos vemos que desde a primeira pagina do catecismo nos estamos diante de uma grande mistério, que somente nos cristão é que conseguimos, que é fato em que Deus se fez homem em Jesus cristo. Não adianta o pessoal de o pluralismo religioso ficar dizendo, há todas as religiões são iguais, todas religiões são iguais não tem problemas nenhum, nos queremos que todas as religiões sejam tratada do mesmo jeito, porque cada uma delas revela uma aspecto diferente da verdade a respeito de Deus, isso simplesmente não é verdade! 1°não é verdade histórica que realmente todas as religiões são iguais, e que elas revelam um aspecto positivo de Deus, tem religiões que são extremamente negativas e ruins, não sei se você assistiu a aquele filme de Mel Gibson o Apocalipyto, pois está os astecas eles criam, a religião deles era essa, que eles tinham que matar uma pessoa para que o sol nascesse no dia seguinte. Você me dizer que essa religião é boa? É evidente que essa religião não é boa, é evidente que essa religião é algo de extremamente equivocado, pra usar o nome correto! Satânico, porque aquele que é assassino desde o inicio é satanás, o homem na sua maldade inventou essa religião. Então não vamos dizer que existem uma igualdade nas religiões, primeiro que isso não é verdade historicamente, segundo, porque no caso do cristianismo nos cremos que Jesus é o filho de Deus, Deus que se fez homem
II Aula - Parte I
Começa o primeiro capitulo com um titulo muito estranho, dizendo: O homem capaz de Deus, que isso quer dizer? Em latim, se diz capax, o homem é capax dei. Que dizer que o homem tem a capacidade de alguma forma de se comunicar com Deus, por que? Porque não é uma coisa obvia que o homem possa ter esse relacionamento com Deus. Deus abita em luz inacessível, ele é grande infinito e nos somos pequeninos frágeis, não é possível que nossa mente, não é possível que nosso coração seja capaz de conter o infinito, então só ai nos já vemos que existe uma grande dificuldade. Mas a Igreja crer que de alguma forma o homem é capaz de Deus, não porque sejamos grandes e maravilhosos, nada disso! Mas porque Deus nos fez para ele. Então para abrir, digamos esse capitulo do Homem que é capaz de Deus, o compendio , usa uma citação de Santo Agostinho que está contida também no catecismo da Igreja Católica, no CIC está no n°30, são as frases iniciais de uma grande obra de santo Agostinho, conhecidíssima no mundo inteiro, famosa ao longo dos séculos, as confissões de Santo Agostinho, ele escreve esse livro das confissões no estilo de oração ou seja ele vai, dialogando com Deus, ele vai falando com Deus, então é a confissão propriamente dita. Ele não ta falando com o confessor, ele não ta falando com o leitor que ta lendo, mas ele ta falando com Deus. Um diálogo com Deus. Ele diz assim: Vós sois grande, Senhor, e altamente digno de louvor: grande é o vosso poder, e a vossa sabedoria
não tem medida.(então a primeira coisa que ele faz ele confessa a grandeza de Deus, depois de confessar a grandeza de Deus, o que ele faz? Confessa a pequenez do homem ) E o homem, pequena parcela de vossa criação, pretende louvar-vos, precisamente o homem
que, revestido de sua condição mortal, traz em si o testemunho de seu pecado e de que resistis aos soberbos. Então veja só Santo Agostinho fala da grandeza de Deus, fala da pequenez do homem, na aula passada nos vimos essa diferença entre a grandeza de Deus e a pequenez do homem. Agora a pequenez do homem, santo Agostinho a considera em dois sentidos, 1º sentido, você nota; pequena parcela de vossa criação, ou seja, o homem é pequeno diante de Deus, porque ele é criatura! Enquanto Deus, ele é criador. Mas existe outra razão pela qual o homem é pequenino diante de Deus, que é o pecado. Ele diz assim: traz em si o testemunho do seu pecado. Então que agente vê? Que o homem é, distante de Deus, por duas razões, 1º que ele é criatura, e Deus é criador, só ai já é uma distancia infinita, so que essa distancia aumenta mais ainda pelo fato, de que ele não ser somente criatura, mas ser criatura que pecou, que se afastou de Deus, que tornou de alguma forma, não amigo de Deus, perdeu a amizade de Deus. Agora o que isso, o que causa admiração em santo Agostinho? Santo Agostinho é um grande “psicólogo” digamos assim, ele observa atentamente os movimentos da alma humana, ele olha o que ta acontecendo, dentro do coração humano, e ele dia assim: o homem pretende louvar-vos. Ele ver no homem uma vontade de louvar a Deus. É por isso que ele continua, ele diz assim: a despeito de tudo(apesar de tudo isso) o homem, pequena parcela de vossa criação, quer louvar-vos. Repete a idéia. Vós mesmo o incitais a isto.olha só, ta vendo que é o próprio Deus que ínsita o homem? A palavra incitar vamos usar um português mais popular: e Deus que instiga, em cutuca o homem, o coração do homem. Vos mesmo o incitais a isto, fazendo com que ele encontre suas delícias no vosso louvor. não sei se você já notou, quando agente se põe a louvar a Deus, nos estamos fazendo algo pra Deus, mas ao mesmo tempo, que nos estamos fazendo algo para louvar a Deus, já estamos sendo recompensado, porque sentimos um certo prazer em louvar a Deus, não sei se você já teve essa experiência, mas santo Agostinho teve, e ele ta falando disso. Veja Deus, incita, instiga, cutuca o nosso coração, da ao nosso coração aquela vontade de louvar a Deus, agente vai e louvar a Deus, agente nota que existe uma delicia nisto tudo. Ou seja, agente sente um gozo espiritual, existe uma satisfação espiritual. Então, ele encontra vossas delicias, no vosso louvor. E agora vem a frase fundamental, importantíssima: porque nos fizestes para vós e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em vós. Fomos feitos para vos, e o nosso coração não descansara enquanto não repousar em vós. Vamos parar uma pouco para analisar isso dentro, do mundo e do imaginário de santo Agostinho. Santo Agostinha você sabe, ele não tinha uma visão de mundo como temos hoje, na época de santo Agostinho não tinha existido ainda, Isa que Nilton, não tinha descoberto a lei da gravidade. Na visão cosmológica de santo Agostinho, havia o que, havia os elementos da natureza, então os quatro elementos, era o que? A terra, a água, o ar, e o fogo. Você imagine então existiam quatro camadas diferentes, e o mundo ele era criado da mistura dessas varias realidades, então, por exemplo: se você pega uma pedra de chumbo, uma pelota de chumbo, e você joga na água, por que ela afunda? Na explicação dos antigos, é porque ela era feira muito mais de terra do que de água, então ela tende para seu elemento original. Cada coisa tem pondo , um peso, e esse peso tende por seu elemento, qual é o elemento do chumbo? E a terra, então, por isso vai La pro fundo. Agora se você, por exemplo, mergulha, e você solta bolhas de ar pela sua boca, o ar sobe, por que ele sobe? Porque o ar tende pó seu elemento. Então imagine o mundo em camadas, terra água, ar e ,fogo, e cada coisa tende por seu elemento, quando você queima um pedaço de papel, aquele papel a fumaça sobe, porque aquilo é feito(na imaginação deles) de fogo, então tende a voltar para o fogo, e onde ta o fogo? O fogo ta La em cima, onde estão as estrelas, as estrelas são feita de fogo, o sol é feito de fogo, então por isso vai La pra cima. Então são os quatro elementos.
Só que o homem, tem uma alma, e a alma, ela não é um elemento que não é terra, nem do elemento água, nem do elemento ar, nem do elemento fogo. O homem com sua alma é espiritual, isso quer dizer que saiu diretamente de Deus, Deus então é o elemento da alma humana. Então na visão de santo Agostinho, existe no próprio espírito humano, existe uma tendência de voltar, pro seu elemento de onde ele saiu que é Deus. Deus criou a alma, espiritual do homem e esta alma sente o anseio a saudade, um pondos um peso como diria santo Agostinho, uma lei da gravidade nos diríamos, existe uma lei da gravidade que puxa a alma pra Deus, a alma foi feita pra Deus. Então por isso, tendo essa visão de mundo, vamos ler de novo a frase; Senhor nos fizestes para vós e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em vós. No latim original diz que nosso coração está inquieto, inquieto quer dizer que ele não está em paz, ele não encontrou seu lugar, quietude. Quando nos estiver-mos junto de Deus, nos vamos nos aquietar, ta entendendo isso? Nos vamos encontrar nele o repouso, um pouco daquela idéia que Jesus dizi; o filho do homem não tem onde repousar a cabeça. Onde é que está o nosso local? De moradia, onde agente encontra essa quietude, essa paz, onde é que nos podemos descansar? Em Deus! Ele é o lugar é no peito do pai, que nos um dia iremos repousar a nossa cabeça. Veja que visão maravilhosa, partindo deste texto de santo Agostinho. Então agente ver, sobre uma outra luz, aquele titulo, do primeiro capitulo do catecismo: O Homem é capaz de Deus. Não porque nos tenhamos um potencia, somos “capazes” é por isso que a palavra capaz está entre aspas, não é que o homem der conta de chegar em Deus, não é nada disso! Ou seja, não é uma espécie de torre de babel, aonde agente vai construindo andar, um outro andar etc. pra chegar em Deus por nosso próprios esforços, nada disso! O homem é capaz de Deus, porque o homem veio de Deus, no sentindo que foi criado por ele, exatamente ele tende para esse elemento, espiritual que é Deus. Essa é a visão de santo Agostinho que é baseada em uma toda uma visão cosmológica daquela época antiga, é claro pode ser tomada ainda hoje por nos como uma metáfora. O que é uma metáfora, metáfora é uma comparação, então nos entendemos o que ele queria dizer, a língua de santo Agostinho é sempre muito metafórica, muito poética, rica, uma linguagem que faz vibrar o coração. Então existe em nos uma coração inquieto, este coração, foi feito pra Deus, por isso nos somos capazes dele. Poderíamos dizer assim: Deus é infinito? Sim! E nos somos capazes de infinito, porque fomos feito com um coração de tem uma sede infinita. Você vai dizer assim, mais tudo bem, bonito poesia bonita, mas me prove isso!? Bom agente consegue provar isso, sim! E não precisa você acreditar em mim, e nem no catecismo. Basta você ser honesto, e investigar o seu próprio coração você ver que o seu coração não se aquieta com nada. Qualquer ateu é capaz de aceitar essa constatação, que o homem é um animal, digamos assim, faltoso, tem algo que falta, enquanto os outros animais estão contentes, estão contentados com aquilo que esta ao redor. O homem está sempre inquieto, sempre buscando algo mais. É por isso que mesmo antes de agente falar de uma revelação de Deus, mesmo antes de agente falar da inspiração do espírito santo que vem, nos profetas, Deus que vai e escolhe Abraão, começa ali toda a historia da revelação de Deus, escolhe Abrão Isaac e Jacó, e depois a revelação da Lei com Moises, e depois os profetas, e depois o tempo do exílio da babilônia, e depois finalmente na plenitude dos tempos Jesus, depois os apóstolos, e Igreja na sua caminhada de 2011, anos. Mesmo antes de nos falarmos desta revelação de Deus, ou seja, da intervenção de Deus que vem ao mundo e se revela, nos temos que ante disso falar do homem que na sua própria natureza, tem essa inquietação que busca Deus. Podemos-nos dizer que a buscar de Deus é uma fenômeno universal, é um fenômeno que é tão antigo quanto a humanidade, o homem é um ser religioso diz o catecismo no n°28, o homem tem essa realidade de ser religioso, porque nos vemos isso também, os próprios cientistas concordam com isso, ser forem honestos. Quando um arqueólogo, por exemplo, encontra uma ossada, quando ele encontra aquela ossada ele vai lá medir o crânio, como ele faz pra descobrir se aquela ossada é uma ossada de um homem ou uma ossada de um macaco, ou de uma espécie de macaco ainda primitivo, como ele faz pra descobrir isso? Ele olha se existem rituais de sepultamento, é isso que ele olha, por quê? Porque se foi uma menina que foi enterrada com flores ao redor, bom nenhum animal faz isso, então é um homem! Se for um rapaz que foi enterrado com seu arco e com sua flecha, porque ele precisa daquele arca e daquela flecha para uma ultima caçada, ele sabe muito bem, que aquilo lá é uma arma, que aquilo é uma sinal de vida após a morte. Quando uma pessoa enterrada com moedas nos olhos, sabe muito bem que nenhum animal faz isso, porque somente o ser humano, enterra os seus mortos colocando moeda porque ele tem que pagar um pedágio para uma viagem que ele fará. Vejam como o ser humano é o único animal que sabe que vai morrer, todos os animais morrem, mas os animais não sabem que vai morrer, o ser humano ele morre, e sabe que vai morrer, no entanto não quer morrer, não quer morrer não somente isso parece que no mundo inteiro, em todas as épocas e povos o homem de alguma forma sabe tem uma convicção de que ele não morrerá. Exatamente ai que nos vemos essa grandeza do ser humano que se volta pra Deus. Então essa é a primeira coisa que nos vimos.
O numero 2° do compêndio, resume tudo isso que foi falado, com as seguinte palavras: é a pergunta numero2°:
2. Por que há no homem o desejo de Deus?
O próprio Deus, ao criar o homem à própria imagem, inscreveu no coração dele o desejo de o ver. Ainda que esse desejo seja com freqüência ignorada, Deus não cessa de atrair o homem a si, para que viva e encontre nele aquela plenitude de verdade e de felicidade que procura sem descanso. Por natureza e por vocação, o homem é, portanto, um ser religioso, capaz de entrar em comunhão com Deus. Essa íntima e vital ligação com Deus confere ao homem a sua fundamental dignidade. 27-50 44-45.
Veja aqui nos vemos que a dignidade do homem, que faz com que o homem seja diferente dos animais não é sua potencia, não é pelo fato que nos somos capaz de conduzir um rifle, uma arma que vai matar o outro animal! Nos somos mais do que ele então nos podemos mais, não! O que faz com que o homem seja mais do que os animais selvagem, é o fato de que ele é chamado para Deus, chamado a participar da vida de Deus, isto o concilio vaticano II, professa na constituição pastoral Gaudium et Spes, n°19, no primeiro capitulo, diz exatamente isso, que é ai que está a dignidade do homem, o concilio nos coloca diante dessa realidade. Só que, nos temos que constatar o seguinte, que todo esse desejo que o homem tem, com toda essa vontade de o homem alcançar Deus, mesmo assim o homem está marcado pelo pecado, e por que ele está marcado pelo pecado, o que é que acontece? Existe uma dificuldade, o compêndio diz que o homem muitas vezes ignora isso, o homem tem uma dificuldade de encontrar Deus de verdade. Catecismo diz no n°28: Em sua história, e até os dias de hoje, os homens têm expressado de múltiplas maneiras sua busca de Deus por meio de suas crenças e de seus comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações etc.). Então veja só, a Igreja aqui no catecismo, está dando valor a essas crenças, ou seja as religiões humanas, esses esforços que o homem faz pra chegar até Deus, através de orações, sacrifícios, cultos, e meditações, esse esforço que os budistas fazem na suas meditações, esse esforço que os animista fazem quando oferecem seus sacrifício, esse esforço que os mulçumanos fazem, quando fazem o seu jejum, etc,etc. A Igreja diz, olha isso tudo é um esforço bom, porque afinal tão procurando Deus, esforço humano. Agora o catecismo continua: Apesar das ambigüidades que podem comportar. Então existe ambigüidades, agente não pode dizer que tudo nesta religiões é bom, existe erros, horríveis, existem erros que nos não podemos aceitar nestas religiões, mas nem por isso a Igreja, deixa de admitir, exatamente porque nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Deus, o fato do homem buscar a Deus é uma coisa positiva é uma coisa boa. estas formas de expressão são tão universais que o homem pode ser chamado de um ser religioso: e coloca aqui o capitulo 17 de Atos dos Apóstolos, onde São Paulo pregando, e pregando ali para os Gregos, e dizendo olha, vocês também buscam a Deus, vocês estão ai reconhecendo. São Paulo fez isso, quando ele foi La no areópago de Atenas e encontrou, o templo ao deus desconhecido, então ele partiu daquela religião primitiva deles lá, e diz: vocês estão buscando Deus.
Então é importante nos entender que existe esforço, mas também existem as ambigüidades, marcadas pelo pecado original. Ele diz assim, o catecismo no numero 30, La no meio do parágrafo: Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, "um coração reto", e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus. Mas veja só, não basta somente você dizer, a eu busco Deus, não. Tem que ave um esforço de virtude, nos teremos tempo para refletir sobre isso, nas aulas seguintes. Mas é importante acenar desde já, que infelizmente o estado do homem não está, não é o estado natural em que Deus o criou, Deus nos criou para ele, Deus nos criou com sede dele etc. tudo isso, mas infelizmente nos somos marcados pelo pecado original, e porque marcados pelo pecado original nos terminamos nesta busca distorcendo as coisas e criando, imagens de Deus que não são tão adequadas. Então o catecismo ta dizendo é necessário que aja um coração reto. E onde está esse coração reto? A grande tragédia é que nos não temos esse coração reto. Mas Jesus tem o coração reto, ai quando nos chegarmos no cristianismo nos centro de nossa fé nos veremos, como Jesus é verdadeiramente O HOMEM CAPAZ DE DEUS, o homem capaz de Deus como realmente Deus quis que o homem fosse capaz. Pois bem esse um pouco da visão geral, do N°1 do Cap 1. O Desejo de Deus. Se conclui com aquela citação de santo Agostinho que nos já refletimos longamente, e aqui nos temos a convicção que está empresso no nosso coração esse desejo de Deus. O catecismo resume assim está parte, é o n°44 e 45. 44 O homem é, por natureza e por vocação, um ser religioso. Porque provém de Deus e para Ele caminha, o homem só vive uma vida plenamente humana se viver livremente sua relação com Deus. É interessante aqui nos lembrarmos disso, a incredulidade, não crer em Deus, não aceitar a fé em Jesus Cristo, não buscar a verdade, é algo contrario natureza humana, o ateísmo é uma atitude contraria a natureza humana, a falta de fé é uma atitude contraria a natureza humana é algo que é aberrante, é fora do ser humano como Deus criou. Deus criou o homem crente! Deus criou o homem com Fé! Buscando a Ele!.
45 O homem é feito para viver em comunhão com Deus, no qual encontra sua felicidade: "Quando eu estiver inteiramente em Vós, nunca mais haverá dor e provação; repleta de Vós por inteiro, minha vida será verdadeira" Convicção de que essa vida é passageira e que estamos aqui somente nos preparando para uma vida verdadeira em Deus
5_Provas da existência de Deus
SEGUNDA AULA- PARTE II
Bom nos estamos investigando o Primeiro capitulo do catecismo da Igreja católica, e vamos falar das vias de acesso ao conhecimento de Deus, ou seja dentro do catecismo é o n°33 em diante, e de 33 a 36 especificamente, e no compendia é a pergunta n°3. Então vamos começar.
O Catecismo diz assim: 31 Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, o homem que procura a Deus descobre certas "vias" para aceder ao conhecimento de Deus. Então veja só existe caminhos, vias, pra gente ter acesso ao conhecimento Deus, e essas vias, esses caminhos são caminhos racionais, tudo isso é uma realidade que nossa ração e capaz de pensar. Chamamo-las também de "provas da existência de Deus", Muito cuidado com a palavra prova, o próprio catecismo explica, que não é prova no sentido cientifico, cabal, mais não é prova empírica que você vai ao laboratório, ou você prova um teorema da matemática, não é prova nesse sentido. não no sentido das provas que as ciências naturais buscam, mas no sentido de "argumentos convergentes e convincentes" que permitem chegar a verdadeiras certezas. Então é aquilo que, o cardeal Newman, colocava quando ele fazia uma comparação, com infinitas pequenas certezas, como que se fosse pequenos fios de um cabo de aço, cada uma daqueles pequenos fios é muito frágil, mas quando eles então ali emaranhado como que formando uma corda, eles se tornam bastante robusto e sólidos. Então é possível nos chegarmos ao uma certeza a respeito da existência de Deus, não no sentido das provas das ciências naturais, mas uma certeza uma convicção interior. Como é isso? Aqui nos temos essa racionalidade que vai investigando, nos vamos encontrando dificuldade no meio do caminho, mas mil dificuldades não fazem uma dúvida, (essa frase é do cardeal Newman) você pode ter milhares de dificuldade na sua investigação a respeito de Deus, mas quando você ver aquelas dificuldades e vai resolvendo cada uma delas, não são capazes de produzir uma dúvida se quer, nos vamos, produzindo esse grande cabo de aço, da nossas certezas, onde pequenas certezas, se tornam a grande certeza que sustenta a nossa convicção da existência de Deus. bom vamos sair da teoria, vamos passar um pouco para pratica pro mundo pratico. Quais são as vias básicas? Bom você já ouviu a palavra vias, então você já imediatamente pensa, são as vias de santo tomais, as Cinco(5) vias de tomas de Aquino. Sim o catecismo vai neste mesmo caminho, porém o catecismo resume um pouco as coisas, colocando duas(2) vias básicas: O mundo e o homem! A via cósmica, e via antropológica. Agente pode investigar o mundo e ver ali sinais da existência de Deus, mas também podemos investigar o homem, e o coração do homem, e ver ali sinais da existência de Deus. Quais destes dois argumentos são mais importante? É difícil saber, quais dos dois mais importantes porque depende uma pouco da cultura da pessoa que recebe esse argumento. Durante a idade Media, as provas cosmológicas, ou seja que partiam do mundo eram muito mais convincentes, porque a mentalidade do homem da idade media era uma mentalidade mais voltada para a investigação dos objetos La fora, do mundo, do cósmicos. Só que aconteceu que com o tempo moderno, com Decar,t apartir do século XVII, nos ficamos cheio de duvidas a respeito do mundo La fora, por que? Porque enquanto a filosofia antiga, ela era feita apartir de uma maravilha mento, ou seja, o homem abria os olhos e via o mundo ao seu redor e ficava entusiasmado, embasbacado com aquilo, a filosofia moderna, não! A filosofia moderna ela começou a duvidar, ela não parte do maravilhamento, ela parte da dúvida, decart começa a duvidar, será que eu existo? Bom eu to aqui pensando se eu existo, to duvidando se eu existo, agora a dúvida é uma pensamento, mas aquilo que pensa existe, então, eu penso, logo eu existo! Isso é o caminho de Decart, é o caminho do caminho moderno, caminho que parte do homem das suas convicções internas. Então para os filósofos modernos, pro pessoal que esta mais submerso na ciência moderna, e nas dúvidas mordenas, talvez um caminho antropológico seja o caminho mais convincente. Mais para as pessoas que não estão tanto nesse mundo universitário o caminho cosmológico convence mais. Então vamos ler o catecismo n°32,
32 O mundo: a partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode-se conhecer a Deus como origem e fim do universo. Aqui nos temos uma resumo bem breve daquilo, é podemos dizer, aquilo que é as 5 vias de santo Tomais. Então nos podemos parti do movimento, do devir da contingência, da Ordem, da Beleza do mundo, tudo isso nos leva a conhecer Deus como origem e fim do Universo. Você vai dizer, mais isso é uma construção medieval, isso daí é uma pensamento que é tão longe do novo testamento, nos temos que ter uma fé bíblica sobre tudo os nossos irmãos protestantes, ele tem uma birra imensa com a filosofia de santo tomais, porque, eles acham que a racionalidade, só é capaz de produzir ídolo, então se você começa a pensar a respeito da existência de Deus, você só capaz de confeccionar ídolos, mais nunca capaz de chegar a conhecer Deus, no entanto a Igreja Católica faz isso, em profunda harmonia com Novo testamento, por que? Ta ai a citação de São Paulo a Carta aos Romanos Cap 1,19-20. Ele diz assim: O que se pode conhecer de Deus é manifesto entre eles, (entre os pagãos) pessoal que não teve fé. São Paulo escreve aos Romanos, e ele inicialmente pro pessoal, que é de Fé Cristã e de origem judaica, a grande maioria, mas ele considera também, tem gente que era pagão não tinha a origem judaica, não foi preparado pelo antigo testamento, mas mesmo assim, esse pessoal que não recebeu a lei, estes pagãos, que não receberam a revelação de Moises, do antigo testamento, mesmo assim eles não tem desculpa, ele podiam conhecer a Deus, como? O que é manifesto entre eles(Deus) pois Deus o revelou, sua realidade invisível se eterno poder e sua divindade, tornou-se inteligível desde a criação do mundo através das criaturas. Então nos podemos olhar para as criaturas, e apartir das criaturas entender que existe um Deus. Mas são Paulo já põe o dedo na ferida, existe de alguma forma no ser humano uma rebeldia, essa rebeldia vem do pecado original, porque nos não queremos que Deus exista, porque que tantas pessoas tem uma certa revolta, no fato que Deus exista, sabe por que? Porque acontece o seguinte, Deus não é uma istorinha da carochinha, não é um mito com o qual ou sem o qual, o mundo continua tal e qual. Vamos supor, se você agredita ou não na existência dos unicórnios, cavalos que tem um chifre na testa. A eu acho que unicórnio existe, ou a eu acho que não existe, ou então á eu acho que os doentes existe, ou acho que não existe. Quer dizer Deus não é um doente, Deus não é um unicórnio, que tanto faz que existe ou não existe, nossa vida continua, a mesma. Vai que o unicórnio existe La em marte, ou os doentes existe em júpiter, não me interessa, afinal de conta não muda a minha vida. Mas acontece o seguinte... Se Deus existe, ISSO MUDA COMPLETAMENTE A MINHA VIDA, sabe por quê? Porque se Deus existe eu sou pra ele, se Deus existe eu não sou pra mim, se Deus existe eu não sou dono da minha vida, se Deus existe ele é senhor da minha vida, se Deus existe, a única atitude possível por ser humano é a obediência a ele, é ser um barro que ele vai modelando, ele vai confeccionando ele vai fazendo eu tenho que obedecer, eu tenho que ser docio a Deus, porque criaste-nos para vos, diz santo Agostinho. Então aqui que ta a coisa, aqui está este grande dilema essa tenção, o ser humano sabe, que se Deus existe, eu não sou Deus, e aqui se instala aquela rivalidade que ta La com Adão e Eva, a serpente disse: para Adão e Eva, olha como do fruto desta arvore, vocês serão como Deus. então nasce essa rivalidade do homem que quer ser deus, sem Deus, o homem quer ser deus contra Deus, eu quero mandar na minha vida. Não sei se você se lembra como era o nome da arvore que Deus proibiu que nos comer semos no paraíso, que Adão e erva não comer no paraíso? Chama-se arvore do bem o do mal, o que é essa arvore do bem e do mal? Arvore do bem e do mal, significa o poder divino, poder que só Deus tem, de decidir aquilo que é bom e aquilo que é mal. Se Deus existe o que é que acontece? Ele me fez. Vamos fazer uma comparação, eu tenho o meu celular, existe um engenheiro que pensou esse aparelho e esse aparelho foi feito pra ser utilizado de uma forma especifica não posso utilizá-lo de qualquer jeito, existe regras, se eu quiser usar esse celular debaixo da água não vai funcionar ele vai estragar, então eu preciso obedecer o projeto do engenheiro. Assim também é o ser humano se Deus existe, então ele me fez e eu tenho um projeto que preciso obedecer, tem algumas coisas que se eu fizer vai me realizar, isso se chama-se bem, e tem outras coisas que se eu fizer vão me destruir, isso chama-se mal. Ou seja o bem e o mal quem decide é o criador é o projetista é o engenheiro é aquele que me fez. Mais se não existe Deus eu me faço, eu posso ser uma metamorfose ambulante como dizia o Rauseichas, eu posso ser quem eu quiser eu sou um homem para além do bem o do mal, diz nitcher filosofo ateu, ta entendendo? Então eu posso mandar na minha vida, pra mim isso não é pecado! Pra mim isso não é ruim, pra mim, veja como o ser humano hoje está completamente submerso numa cultura ateia, agente vive numa cultura que supõe que Deus não existe, por mais que você vai na igreja no domingo existe idéias na sua cabeça, que são idéias que nascem da não existência de Deus, do ateísmo, porque nossa cultura tem infelizmente uma forte tendência atéia. Então quando você chega e diz, a eu é quem sei o que é o certo, eu acha que isso não é pecado, você esta se colocando no lugar de Deus. deu pra entender? Então é por isso que por mais que agente medite, por mais que você veja, vamos supor, a teoria do big bem, há existiu um dia o universo era do tamanho de uma ervilha, muito denso, muito quente etc. e tal.. e aconteceu uma singularidade, aquilo explodiu e aquela grande explosão atômica deu origem ao universo, 14bilhões de anos atrás, parabéns pra você nesta data querida, tudo bem, e antes da ervilha? O que é que avia? Tem que te vindo de algum lugar. A não aquilo existiu desde toda a eternidade, bom e porque é que desde toda a eternidade as coisas eram simplesmente perfeitas tranqüilas e de repente um belo dia o negocio resolveu explodir. Tem que haver uma ação, tem que haver uma causa, é a causalidade, então por isso são tomas argumenta, e começa argumentando o movimento, depois o devir, ou seja a passagem do átomo para a potencia, depois ele argumenta com relação a contingência absoluta etc. são vários argumentos de santo tomais que vão mostrando de forma bastante convincente, para pessoas que olham pro cosmo, que na verdade você não pode ficar protelando problema pra trás pra sempre é uma desonestidade, na verdade você tem que considerar que Deus é a origem de tudo, tem que ter existido u principio, algo que deu inicio, não é possível que as coisas, sejam levadas pra trás eternamente, esse é basicamente o argumento de são tomas de Aquino. Porém interessantemente o que o catecismo cita nesse n°32 não é são tomais, ele sita santo Agostinho, vamos ler essa bela situação do sermão de santo Agostinho, ele diz assim: E Santo Agostinho: "Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar, interroga a beleza do ar que se dilata e se difunde, interroga a beleza do céu... interroga todas estas realidades. Todas elas te respondem: olha-nos, somos belas. Sua beleza é um hino de louvor (confessio). Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo (Pulcher, pronuncie "púlquer"), não sujeito à mudança?" a gente ver isso concretamente no argumento da beleza, mas porém vemos também no argumento da ordem, porque que o mundo é então criado segundo a uma ordem, veja o nosso próprio corpo, nosso corpo ele tem toda uma lógica por exemplo, que é que foi que distribuiu as tarefas, entre o meu olho, o ouvido, o ouvido não enxerga, o olho não ouve, você olha para o tubo digestivo por exemplo onde os aminoácidos começam a ser diferidos na boca, depois as proteínas no estomago, as gorduras vão no fígado, os açucares com o pâncreas, e assim por diante, essa divisão de tarefas, perfeita, inteligente, quem foi que fez? O acaso não gera essa ordem o acaso do gera confusão. Um macaco sentado na frente de uma maquina de escrever durante 14 bilhões de anos não compõe lusíadas de camões, ele compõe desordem, ele não compõe uma belíssima poesia ele compõe desordem. Com aqui que está a realidades desses argumentos cosmológicos. O catecismo não par por ai n°33 ele fala do homem, o qual é o argumento que nos encontramos no homem? Bom aqui nos vemos Deus como algo necessário para a própria alma humana, vamos ler, ele diz assim:
33 O homem: Com sua abertura à verdade e à beleza, com seu senso do bem moral, com sua liberdade e a voz de sua consciência, com sua aspiração ao infinito e à felicidade, o homem se interroga sobre a existência de Deus. Mediante tudo isso percebe sinais de sua alma espiritual. Como "semente de eternidade que leva dentro de si, irredutível à só matéria" sua alma não pode ter origem senão em Deus.
34 O [fca15] mundo e o homem atestam que não têm em si mesmo nem seu princípio primeiro nem seu fim último, mas que participam do Ser em si, que é sem origem e sem fim. Assim por estas diversas "vias", o homem pode aceder ao conhecimento da existência de uma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, "e que todos chamam Deus"
O mundo e o homem são capazes de nos levar para Deus. vamos para um pouquinho no n°33. Como é que o homem pode nos levar para Deus? vejam, primeira coisa, nos vemos em nos na nossa alma, nos temos uma sede de sentindo, nos precisamos de um sentido para nossa vida, nos ficamos insatisfeito se as coisas não tem sentido, nos notamos que esta insatisfação não ta nos animais, por exemplo as vacas não ficam deprimidas porque elas não tem sentido de vida, as aves do céu não ficam planejando um sentido pra sua vida, no entanto o ser humano, se ele não se realiza se ele não encontra uma sentido pra sua vida, ele se deprime. Então veja concretamente na sua vida, qual o sentido se você ir para escola? A eu vou pra escola, porque depois da escola eu quero ir para a universidade, então veja o sentido daquele período chamado escola, ta fora dele, ta no outro período chamado universidade, o que é o sentido de você ir para universidade? A o sentido de ir para a universidade é que eu quero arranjar um emprego muito bom, a então o sentido daquele período chamado universidade, está fora dele, o tempo de seu emprego. Notou por lógica o sentido de uma coisa está fora da coisa, o sentido da escola está na universidade, o sentido da universidade ta no trabalho. O qual é o sentido da vida, qual o sentido da historia humana inteira? Por lógica o sentido da vida só pode está além vida, o sentido da historia do pode está no além historia. Então aqui nos temos uma escolha, ou Deus existe, e existe um sentido para minha vida, ou então, esta vida é absurda e nos podemos começar a nos deprimir, a nos angustiar, está depressão essa angustia essa náusea, foi a opção dos filósofos existencialistas, que disseram não, Deus não existe mesmo, então de fato a vida é absurda, vamos cometer suicídio. Mas esse tipo de atitude de escolha não me parece nem sabia e nem honesta, por que existe uma desonestidade nisso tudo? Porque se nos formos honestos nos iremos compreender que tudo ao nosso redor, parece ter sentido, porque que só eu sou absurdo? Tudo tem sentido, eu olho para uma planta, eu vejo que aquelas folhas La têm um sentido, pela fotossíntese, eu veja as raízes que elas tem sentido por aquilo que elas tem que captar do sol, tudo tem um sentido, uma lógica, uma ordem uma beleza, porque que só eu, porque só o ser humano é absurdo, por que só eu sou uma piada de mal gosto? Existe alguma coisa errada nisso. Sim o que há de errado é simplesmente o fato de que os filósofos existencialistas não querem dar o braço a torce que Deus existe, porque se Deus existe, eles são pra Deus, e eles vão ter que obedecelo. Como nos diz nitcher no seu assim falou Zaratustra no capitulo chamado a ilha dos bem aventurados, em que ele diz assim: irmãos vou abrir o meu coração, se os deuses existem, como poderia eu suportar não ser uma Deus? logo os deuses não existem, ta entendendo, o gato se escondeu e deixou o rabo de fora, ou seja nitcher está mostrando ali claramente, que não é que ele chegou a não existência de Deus honesto de buscas ciencitifica, mas é que ele precisa concluir que Deus não existe, porque aquilo é insuportável para ele, porque a existência de Deus é insuportável pra ele, e é essa a grande realidade da maior parte dos filósofos ateus, existe uma profunda desonestidade disso tudo, então o homem é um caminho também de acesso para Deus. n°35 para concluir.
35 As faculdades do homem o tomam capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar em sua intimidade, Deus quis revelar-se ao homem e dar-lhe a graça de poder acolher esta revelação na fé. Contudo, as provas da existência de Deus podem dispor à fé e ajudar a ver que a fé não se opõe à razão humana.
Então vejam só, o numero 35, é só pra dizer o seguinte, nos falamos aqui da razão, pela razão eu vejo que Deus existe, porque eu olho pro mundo, pela razão eu vejo que Deus existe, olhando pro homem, são as duas vias, a via do mundo, a via do homem, muito bem, no entanto Deus não quis para ai, Deus quis de revelar, não existe só a razão, existe também a fé, é a respeito disso, que nos iremos falar ao longo do nosso catecismo, o catecismo é um livro da fé! Não é um livro de filosofia, essas primeiras reflexões filosóficas que nos fazemos aqui neste primeiro capitulo é simplesmente para dizer que todo o nosso empenho, todo o nosso esforço que nos iremos fazer ao longo desse longo curso de catecismo não é algo que não tem haver com a razão. Então nos podemos e devemos estudar as provas da existência de Deus, nos devemos e podemos estudar a realidade que Deus existe, se você quiser se aprofundar,o que aconselho pra você é que você então participe do curso de teodiceia. Não vou analisar as cincos vias de são tomas de Aquino aqui nesse curso, porque já ta feito isso no curso de teodiceia.
6_O conhecimento de Deus segundo a Igreja
III Aula – Parte I
36 "A santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas”. Por que é que é o concilio vaticano I, Fez essa citação, primeira ele estava lidando com duas, tendência da sua época, é bom lembra que o concilio vaticano I, aconteceu no século XIV, a tendência do fideismo e a tendência do racionalismo, o fideismo dizia o seguinte, a luz da razão não era capaz de conhecer nada a respeito de Deus, a única coisa que você pode conhecer de Deus é através da Fé, então a razão não serve pra nada, não serve pra conhecer nada. É simplesmente a luz da fé. Bom o vaticano I, quer atestar claramente que é possível conhecer a Deus pela luz da razão, e ele ta dizendo isso contra o fideismo. Outro adversário, que o vaticano I, quis colocar os pingos nos is foi o racionalismo, que fala exatamente o contrario, ou seja que fé não serve pra nadam que a revelação não serve pra nada, e que portanto, que no devermos ficar só com a luz da razão, vejam os dois extremos, um super valoriza a fé, o outro super valoriza a razão, fideismo valoriza de mais a fé, o racionalismo valoriza de mais a razão. Então são estes dois extremos que nos temos ai condenados pelo vaticano I. é claro que se você esta acostumado com o documento do magistério já pensou imediatamente a encíclica do papa João Paulo II, Fides ratios, que faz aquela belíssima comparação de que a fé a razão são como duas asas que nos levam para a verdade. Então é esse equilíbrio da igreja. Porém para aplicar isso direito em nossa vida, nos temos que entender o seguinte, essa tendência fideista, é uma tendência que nasceu apartir do protestantismo, então aqui nos temos que ver que de alguma forma o fideismo ainda hoje tem muitos seguidores no protestantismo e até mesmo dentro da Igreja católica, porque eu digo até mesmo dentro a igreja católica? Porque tudo mundo sabe, que vou certa influencia do pensamento protestante dentro da igreja nos últimos tempos. Então não sei se você nota, por exemplo, em algumas falar em alguns jargões que agente ouve, a não estude muito porque se você estudar demais você perde a fé. Se você estudar demais você não tem como perder a Fé! Você tem como perde a fé se você estudar de menos, isso sim! Ou seja, se você estuda até um certo ponto mais se você não for afundo, pode ser que você perca a fé. Mais a razão, a ciência racional, quando ela é bem feita ela nunca vai chegar a uma conclusão contraria a fé, a Igreja tem essa plena convicção. Então muito cuidado com esse pessoal que tem medo de estudar. Não estude não porque você vai perde a fé, isso é fideismo, porque o fideismo crê nisso, crer nesta idéia que se eu estudar demais isso vai me prejudicar, se eu estudar demais isso vai me fazer mal.
Concilio vaticano I, alerta para isso, não é assim! O homem tem sim uma capacidade de conhecer Deus, isso ta fundado muito claramente no fato de que o homem é a imagem Deus, foi feito, a imagem de Deus, conforme está lá no livro do Genesis. Então existe uma certa capacidade da razão humana. Além do mais, nos temos que compreender que Deus, até mesmo se ele vai falar ao homem, através das sagradas Escrituras, não tem como você ter fé, se você não for um ser racional, se sua razão está completamente afetada pelo pecado original, como creiam alguns teólogos protestantes, se a sua razão está totalmente afetada pelo pecado e distorcida de tal forma que sua razão só e capaz de produzir idolatria, então nem si quer capaz de conhecer Deus pela escritura, pela revelação por Jesus cristo, por afinal das contas, existem duas maneiras de você calar a boca de um diálogo em duas pessoas falando, como você pode fazer impedir esse diálogo, uma é amordaça que ta falando, mas a outra, é tampar os ouvidos de quem ta ouvindo, não é isso? Então Deus fala, Deus se revelou através de Jesus cristo, que beleza, aquele fala o interlocutor que está proferindo a palavra, está falando de forma perfeita, porque afinal a palavra de Deus não tem defeito. Mas! Esta palavra de Deus que não tem defeito, tem que ser acolhida por alguém que é capaz de entende La, porque se não vai ser Deus falando para ouvidos loucos, não é verdade? Vai ser Deus falando para pessoas que não tão afim, que não estão nem ai pra entender porque não podem entender, porque tiveram a mente totalmente distorcida pelo pecado original, então dá pra entender que aqui no fundo, no fundo, os protestantes, estão cortando o galho no qual eles mesmo está sentados, porque se eles dizem o ser humano tem a razão pervertida pelo pecado original ele não é capaz de conhecer a Deus, então ele não nem si quer capaz de acolher a fé a revelação, ele não é capaz de acolher o que Deus revelou. Então a Igreja bem claramente atesta isso. Bom isso foi basicamente um conteúdo que nos já vimos na aula passada. Porém, não vamos ser tão otimista, tem uma belíssima citação da encíclica humani generis do Papa Pio XII, na nota de roda pé, n° 14, diz lá DS 3,8-7-5. "Pois, embora a razão humana, absolutamente falando, possa chegar com suas forças e lume naturais ao conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que governa e protege o mundo com sua Providência, bem como chegar ao conhecimento da lei natural impressa pelo Criador em nossas almas, de fato, muitos são os obstáculos. Pio XII, está reafirmando aquilo que o vaticano I, afirmou, ou seja, de forma absoluta, vamos entender esse português aqui. Absolutamente falando, é o contrario de relativamente falando, então, absolutamente quer dizer, se eu considerar uma coisa sozinha, se eu pegar a razão humana em si mesma, absolutamente falando, ou seja sem relaciona La com o contexto histórico, com aquilo que é a vida vivida o nosso dia-dia, se eu olhar para razão humana só do jeito que ela ta, então tudo bem, o homem é capaz de conhecer Deus, só que o problema meu irmão é que nos não estamos num mundo onde a razão humana ta sozinha, nos estamos num mundo onde existe o pecado, onde existem o egoísmo, as disfunções, e ai, que acontece, acontece que no fundo no fundo, embora nos sejamos capazes de conhecer Deus, é verdade, no fundo agente termina não conhecendo, isso que Pio XII, ta tentando dizer aqui. Então na aula passada nos vimos o homem é capaz de conhecer Deus, agora nos colocamos uma virgula, porém! Cuidado! Então olha só, ele diz assim, o homem é, absolutamente falando, a razão ela é capaz de conhecer Deus, e conhecer a lei natural que o criador imprimiu em nosso coração. De fato muitos são os obstáculos que impedem a mesma razão de usar eficaz mente ,com resultado desta sua capacidade natural. Então Pio XII, ta dizendo, olha de fato absolutamente falando é uma coisa, de fato falando é outra, entende? Você é capaz de, só que depois na pratica você esta incapacitado, porque há muitos obstáculos. Como que se você tivesse um trator, que é capaz de ara a terra, só que existem tantos obstáculos que esse trator, torna muito difícil, tem troncos enormes no meio do Caminho, que como ele vai arar a terra com aqueles trocos enormes? Então absolutamente falando, o trator ele é capaz de arar a terra so que os trocos estão impedindo. Mas vamos continuar porque o mais importante da citação vem agora:
As verdades que se referem a Deus e às relações entre os homens e Deus são verdades que transcendem completamente a ordem das coisas sensíveis e quando estas verdades atingem a vida prática e a regem, requerem sacrifício e abnegação. Aqui é que ta o problema, as verdades que fazem, referencia a Deus, requerem sacrifício e abnegação. Você já se perguntou por que as pessoas tem dificuldade de se converter? Você tem fé né? Você já tentou converte uma pessoa, transmitir a fé para uma pessoa, já tentou na pratica sentar e conversar com a pessoa, e chegar e dizer assim o, vem cá vamos conversar, você sabia Deus existe, Deus se fez homem, Jesus cristo veio a esse mundo para nos redimir etc. e tal. Você já tentou transmitir a fé? Porque que não é fácil, porque que é difícil agente, transmitir a fé para uma pessoa? Porque a verdade a respeito de Deus, não é uma verdade com a qual, ou sem a qual sua vida continua tal e qual, não!Não! Meu irmão, se Deus existe, nos precisamos nessa dimensão, sacrifício e abnegação, se Deus existe nos somos pra ele, se Deus existe você não é dono da sua vida, se Deus existe você não é Deus! Você não é o centro das coisas, então se Deus existe sua vida muda pelo aveso, sua vida fica bem diferente na pratica. É por isso que as pessoas têm uma grande dificuldade de conhecer a verdade a respeito de Deus, agente ver esses ateus que tão alardeando, Deus como uma ilusão, bom por que esse cara aparentemente inteligente, só aparentemente, porque os agurmentos deles são uma tragédia, mas por que esse cara, ao sentar é tão difícil converter, por quê? Por uma simples razão, porque Deus se ele existe irá mudar a vida desse sujeito pelo aveso, porque se Deus existe, ele não existe pra ele, existe pra Deus. Então as verdades com relação a Deus, e as verdades na relações entre os homens e Deus são verdades que transcendem a ordem das coisas sensíveis, isso que dizer que você não pode apalpar, não é como esse celular aqui que eu pego aqui, é algo que eu posso experimentar diretamente, não! Não é sensível. E quando essas verdades atingem a vida pratica, vida pratica aqui quer dizer o que, que dizer sua vida moral, vida pratica aqui não quer dizer, a “arte” de trocar um pneu de um carro, não é isso vida pratica, vida pratica quer dizer, sua vida enquanto ser humano, a razão pratica, a vida pratica, é a arte do homem se realizar é aquilo que nos comumente chamamos, na filosofia que chamamos de ética, ou seja como é que eu vou chegar a ser feliz como pessoa, que caminho devo trilhar. Então a verdade de Deus e da relação de Deus com o homem, quando ela atinge a vida pratica, ou seja, quando atinge a minha vida moral, ética ela exige abnegação e sacrifício, o papa pio XII, ta sendo muito realista, ta dizendo, olha não vai acontecer de você conhecer Deus e vai ser um passeio no bosque, a conheci Deus o não mudou nada, como que se você conheceu seu visinho, ou você conheceu pela primeira vez um pé de abobora, ou então porque você conheceu uma novo modelo de carro que saiu na revista, não! O conhecimento de Deus, é um negocio que implica a nossa vida o nosso dia-dia. Então ele diz papa pio XII:
A inteligência humana, na aquisição destas verdades, encontra dificuldades tanto por parte dos sentidos e da imaginação como por parte das más inclinações, provenientes do pecado original.
Então vejam só, quais são dois tipos de dificuldade, pra gente conhecer Deus? Primeiro tipo de dificuldade, com relação aos sentidos e a imaginação, por quê? Uma razão muito simples, os nossos sentidos, sentido é coisa física, tem o tato, a visão, o alfato, audição, são coisas físicas do corpo. Ora os sentidos se alimentam de coisas materiais , e a minha imaginação no meu celebro, se alimenta também dessa realidade física e corporal, então por exemplo, eu peço pra você imaginar uma cavalo, imagine agora um cavalo. Imaginou? Por quê? Porque um dia seus olhos viram um cavalo, agora imagina o som do galope do cavalo, imagino? Muito bem, por quê? Porque você ouviu um cavalo uma vez materialmente, a imaginação toda ela é, alimentada pela realidade material, então é evidente que Deus, não é algo que você possa, experimentar como experimenta um livro, não, não é isso! Não tem essa coisa de ter experiência sensível de Deus, se você experimentou você experimentou alguma coisa, mais não foi Deus, uma coisa que pode até te vindo de Deus mais não foi Deus. a não uma dia eu estava rezando e eu senti Deus, não! Você não sentiu Deus, você sentiu um arrepio, você sentiu uma paz interior, você sentiu uma emoção, não mais eu fui arrebatado ao terceiro céu e eu vi uma luz, sim aquela luz que você viu, vem Deus, mais não é Deus! Você ta entendendo? Ou seja, as manifestações de Deus não são Deus, é meio complicado agente por isso na cabeça isso daqui porque agente to acostumado a essa linguagem, a eu experimento Deus, fazer uma experiência de Deus, mas não é experiência, aqui é uma jeito de falar, os nosso sentidos, nossa imaginação, não capaz de conhecer Deus. Agora alem disso, tem outro problema ainda, alem das dificuldades inerentes ao fato de que Deus é uma objeto inacessível aos meus sentidos e a minha imaginação, existe uma segundo tipo de dificuldade, Pio XII como bem clarinho, são as, mas inclinações, provenientes do pecado original. Que mas inclinações são essas? Olha a ultima frase, a ultima frase ela é uma bomba, é uma beleza, a ultima frase devemos sublinhar, porque o negocio é importante:
“Donde vemos que os homens em tais questões, facilmente procuram persuadir-se de que seja falso ou ao menos duvidoso aquilo que não desejam que seja verdadeiro”
Entendeu? Você não deseja que seja verdadeiro então você facilmente se converse de que não é verdadeiro, por quê? Por causa da tendência do pecado original você quer se safar, você quer escapar, você quer saber que tendência é essa? No livro o olhar que cura tem uma capitulo inteiro sobre isso, chama-se filaucia, ou seja, é a tendência básica instalada em nós pelo pecado original que é uma amor doente por si mesmo, é uma amor de si contra si, ou seja os seres humanos, começam a experimentar Deus como que se Deus fosse uma agressão, isso é conseqüência do pecado original. Então agente se sente agredido por Deus, Adão onde estas? Eu vi teus passos e me escondi, essa foi a primeira reação, quando Herodes em Jerusalém ouviram falar que Jesus tinha nascido, toda a cidade ficou em polvorosa, por que? O Deus que vem é sempre tido como agressão, e a situação do nosso pecado original, então nos somos capazes de nos enganar gente, isso é uma verdade, da qual nos não podemos nos esquecer nos podemos nos enganar constantemente, então a tendência do pecado original é essa, vou ler a frase outra vez, pra você degustar: os homens em tais questões(ou seja quando se fala de Deus e das nossas relações com Deus) facilmente procuram persuadir-se de que seja falso ou ao menos duvidoso aquilo que não desejam que seja verdadeiro. Vai entender a frase, tem uma coisa que você não quer que seja verdade, sei lá, você perdeu a sua carteira, ou uma pessoa que você ama morreu, muito bem, você deseja que isso seja falso, você não quer que seja verdade, agora acontece o seguinte, a sua carteira é algo de sensível, o que acontece você vai pagar agora, o ônibus vai pagar a passagem, vai pagar super mercado e não adianta se ela não ta La, não ta, você não quer acreditar que perdeu a carteira, mas você ta sentindo falta, e não adiante, então você termina persuadido pelo simples fato que sensivelmente ta ali a evidencia a carteira sumiu. Uma pessoa morreu, você não gostaria que ela morresse mas como é algo físico a ausência da pessoa, sumiu! Você viu o ela morta, você viu ela sendo enterrada, agora ta vazia, então facilmente você se convence da verdade daquela morte. Só que Deus não é uma coisa sensível, Deus não é uma coisa que você pode experimentar como a sua carteira, como a pessoa que morreu. E ai quando Deus, quando você começar a fazer uma reflexão filosófica e você começa a pensar a respeito de Deus, você esbarra numa grande dificuldade, a dificuldade que aquilo que você não quer acreditar provavelmente você não acreditara, ou seja é muito fácil você se persuadir, você se convencer que é falso e de que é duvidoso uma coisa que é desagradável. Por exemplo: Deus pede sua conversão sua mudança de vida, isso é desagradável isso mexe comigo, muito bem, é fácil você dizer não Deus é bãozinho Deus é misericórdia, Deus não vai querer que eu me converta, pra que? Não precisa. Então assim que agente se engana.
7_Como falar de Deus
III Aula – Parte II
Retomamos a nos aula, a terceira aula, nos estamos na segunda parte da terceira aula, e estávamos numa longa citação de Pio XII, n°37 do nosso catecismo, uma citação muito importante da Humanas generis, do Papa Pio XII. muito bem nos dizíamos na aula passada, isso: o homem nas questões que se refere a Deus, facilmente ele se engana, se engana no sentido de embromação mesmo, você se engana no sentido que você mente pra você mesmo, não que você engana, á eu ia pegar o copo e pequei a chave, não é se enganar nesse sentido, se enganar no sentido de realmente você conta uma mentira pra você, porque dói a verdade, Jesus disse que a verdade liberta, mas a verdade que liberta, não é sempre agradável, não faz cosquinhas nos ouvidos. Então as pessoas mentem. Os grandes ateus são geralmente homens que não tiveram a virtude de encarar a verdade, por exemplo, o famoso Filosofo Friedrich Nietzsche, todo mundo já ouviu falar de um livro de Friedrich Nietzsche, assopra Zaratustra, assim falava zaratustra, pois bem nesse livro, tem um capitulo La sobre a ilha dos bem-aventurados, e num dos aforismo, (você sabe que o livro de Nietzsche e todo organizado em Aforismo, são pequenas frases ou pequenos parágrafos que não tem muito nexo uns com outros, como se ele escrevesse fichas e jogasse assim pra cima e depois publicasse na ordem em que elas vem) umas das frases dele ele diz assim: irmãos vou abrir-vos o meu coração, (ou seja aumenta a sinceridade) se os deuses existem como eu iria suportar não se deus? Logo os deuses não existem. Deus pra notar? A trapaça deu pra notar o problema? É isso que Pio XII, está aqui desmascarando, ele diz: por causa do pecado original facilmente agente se procura convencer que é falso, de que é duvidoso aquilo que na verdade ta exigindo de mim uma mudança de vida, se Deus existe, eu não sou Deus, isso é doloroso, o homem moderno ele quer ser Deus. a conclusão é clara n° 38 se nos temos essa duas dificuldades, dois tipos de dificuldade, quero lembrar pra você, 1° que Deus é invisível, é uma realidade que não é sensível, 2° nos estamos marcado pelo pecado origina, então esses não os grande obstáculos que impedem agente de conhecer Deus.
38 Por isso, O homem tem necessidade de ser iluminado pela revelação de Deus, não somente sobre o que ultrapassa seu entendimento, mas também sobre "as verdades religiosas e morais que, de per si, não são inacessíveis à razão, a fim de que estas no estado atual do gênero humano possam ser conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro”
É uma citação ainda da humanes generis de Pio XII. Então conseqüência da historia é essa, o homem é capaz de Deus? Sim!, Ele poderia conhecer Deus com o lume de razão?Sim! Só que acontece que a razão historicamente, concretamente ela tem duas dificuldades, Deus não é acessível, ou seja uma dificuldade grande, estamos marcados pelo pecado origina, isso é uma ulterior dificuldade. E ai da pra conhecer Deus? dá! Agente conhece de fato? De fato agente precisa da revelação, de fato uma vez que agente acolhe a revelação com a fé, a razão começa a funcionar melhor, agente começa a raciocinar de uma forma mais reta. Porque agente tem mais ou menos o rumo, ai se você for percorrer o caminho racional você é capaz de enxergar que aquela conseqüência a qual você chegou, ela é racionalmente concludente, é uma beleza, só que agente bate sempre na dificuldade de transmitir isso para as outras pessoas, então a dificuldade ela existe. Então passamos agora para o numero IV, como falar de Deus.
Então a dificuldade está ai, ela existe, então como é que agente vai falar de Deus pra pessoas reais e concretas nos nosso dia-dia.
IV. COMO FALAR DE DEUS?
39 Ao defender a capacidade da razão humana de conhecer a Deus, a Igreja exprime sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. (aqui que está aquilo que eu dizia, a respeito do fideismo, se agente não tem uma confiança na razão, então até mesmo a transmissão da revelação fica difícil, porque a razão humana tem que ajudar nisso) Esta convicção esta na base de seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e com as ciências, como também com Os não-crentes e os ateus. Veja aqui que está a coisa, não tão falando aqui diálogos com os outros cristãos, não estão falando diálogo com protestante, com ortodoxo, nada disso! Isso ai se chama de ecumenismo estão falando do dialogo com o não crente, com ateus, com outras religiões, com filosofia, ou seja, com os seres humanos que dialogam conosco somente na base racional, a igreja crer que é possível com a razão iluminá-los, embora ela vê a dificuldade que é por cauda da falta de virtudes dessas pessoas.
40 Uma vez que nosso conhecimento de Deus é limitado, também limitada é nossa linguagem sobre
Deus. Só podemos falar de Deus a partir das criaturas e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.
41 As criaturas, todas elas, trazem em si certa semelhança com Deus, muito particularmente o homem
Criado à imagem e a semelhança de Deus. Por isso as múltiplas perfeições das criaturas (sua verdade, bondade e beleza) refletem a perfeição infinita de Deus. Em razão disso podemos falar de Deus a partir das perfeições de suas criaturas, "pois a grandeza e a beleza das criaturas fazem, por analogia, contemplar seu Autor" (Sb. 13,5).
Analogia, essa palavra é isso que gostaria de explicar. Houve no inicio do século XX, um grande debate entre a Igreja católica e um teólogo famoso, reformado, chamado Karl Barth, morreu em 1968, e Karl Barth, ele disse uma frase, que é bastante importante ele disse assim: fundamentalmente única razão pela qual não se pode ser católico é a analogia entes, vamos explicar: o que é analogia ente? É aquilo que o n° 41 do catecismo quer explicar. Analogia entes que dizer o seguinte, analogia do ser, Deus é a fonte do Ser, e as criaturas vem dele, então nos podemos olhar, para as coisas verdadeiras, bonitas, e boas, os três transcendentais, que tão aqui, verdade, bondade, e beleza. Nos podemos olhar para as coisas verdadeiras, boas e belas, que estão nas criaturas e com isso fazer uma analogia com o criador. Então se eu vejo, por exemplo, o ser humano. Vamos pegar um ser humano porque fica mais claro ainda, porque o ser humano foi feito a imagem e semelhança de Deus, eu vejo a inteligência humana, nos somos inteligentes, agora se eu sou inteligente, se eu tenho inteligência, então Deus deve ter muito mais, entende? Ou seja, eu pego essa perfeição do ser humano essa qualidade positiva, e posso atribuí-la a Deus, porém sempre de forma analógica, sempre sabendo que eu to falando de uma coisa que, não é exatamente a mesma coisa. Assim pra você entender o que é analogia. Eu falo da perna da mesa, e falo da minha perna, é uma analogia, é evidente de que você entende que a perna verdadeira é a minha, e a da mesa é perna por analogia, pois é a mesma coisa nos podemos dizer isso a respeito de Deus. a inteligência verdadeira é de Deus. Agora esse negocio que agente tem, é uma sombra analógica, distante, daquilo que é a inteligência de Deus. deus pra entender como é que da pra falar de Deus. Então isso que nos chamamos de analogia entes. É a analogia baseada no ser, porque nos olhamos para as qualidades das criaturas, e então por analogia atribuímos isso ao criador, e o que está La no livro da sabedoria, a grandeza e a beleza das criaturas fazem por analogia contemplar o seu autor.
Isso nos também pode encontrar, uma testação muito clara, no inicio da carta aos romanos são Paulo fala muito claro isso, que os gregos, os pagãos podiam ter conhecido a Grandeza a sabedoria de Deus, que estava em disposição de suas criaturas. Então muito bem isso é a analogia entes.
Karl Barth, diz: isso não funciona, porque quando você vai e olha para a perfeição da criatura, e atribui pra Deus, o que na verdade você cria aqui na sua cabeça, é um ídolo, é um falso Deus, não é Deus verdadeiro, ta entendendo? Ou seja, você pega (segundo Karl Barth)a perfeição do homem, inteligência como nos falamos, e imagina a inteligência de Deus o que você é capaz de fazer, isso que cabe a sua cabeça é um ídolo, sabe por que? Porque foi uma cofecção foi você que, confeccionou. Então qual é a acusação constante que os protestantes, principalmente os de origem calvinista, fazem aos católicos? Não é a questão das imagens? Não é isso? Então, se você tem uma imagem de Deus, você é uma idolatra você ta cultuando imagens. Muito bem. Karl Barth, que é protestante, faz essa mesma acusação do que de forma refinada, de forma filosófica, ele não ta preocupado com o bonequinho de gesso, com a imagem de madeira, ou de ferro, metal, ou seja, que for não! Ele ta preocupado com a imagem que você fez na sua cabeça, você! Pegou um barro, que são suas idéias, e você modelou um Deus pra você e fez um deus a sua imagem e semelhança, aqui na sua cabeça e você agora se prosta diante dele e adora esse deus. Deu pra entender o drama? Veja o Karl Barth, ele não tem razão, mais ele tem razões, agente precisa levar o homem a serio, precisa levar o homem a serio porque, de fato ele nos desafia, a nos católicos, e não somente católicos também os protestantes, porque também os protestantes fazem alguma idéia de Deus, não é verdade? Quando nos fazemos alguma idéia de Deus, na nossa cabeça, quando a pessoa chega e diz, á eu acho que eu entendi Deus, nesse momento que você diz eu entendir Deus, cuidado! Provavelmente você confeccionou um ídolo. É por isso que graças a Deus, Deus é desconcertante, Deus, quando você achar que pegou a coisa ele escapa, por quê? Porque isso é típico da verdade, é por isso que os filósofos antigos, ele falavam que nossos somente filósofos, amigos da verdade, porque agente busca a verdade,busca,busca, mais, quando agente acha que chegou na verdade ela é maior do que aquilo que agente alcançou. Por quê? Porque somente Deus é sábio, nos só somos filósofos. Então de fato, Karl Barth, não tem razão, mas ele tem razões, quais são as razões dele, de fato pela nossa soberba nos somos capazes de produzir um deusinho e colocar na nossa cabeça e esse é o caminho que o diabo mais usa pra levar as pessoas ao ateísmo, sabia? É, porque é assim, as pessoas começam a acreditar num deus que elas confeccionaram na cabeça delas, e ai depois, chega num ponto que ele nota que aquele deus não existe. Veja por exemplo, todas essa igrejas ai que vivem na teologia da prosperidade, igreja universal do reino de deus, igreja internacional da graça, igreja mundial do poder de deus, e CIA, são todas essas igrejas que vivem da teologia da prosperidade. Elas estão crescendo? Sim. Elas vão fazem do Brasil um Brasil protestante? Não. Ou seja a igreja universal do reino de deus não fará do Brasil um Brasil protestante, ela fará do Brasil um pais decepcionado com a religião e descrente, porque é isso que acontece, o cara chega e diz olha, de o seu tudo, de todo o seu dinheiro pra igreja e você vai ficar rico, e ai você se convence daquele deusinho matemático, né, porque o deus de edimacedo é um deus da matemática, é assim: 2+2=4, é o seguinte você tem que ser generoso com deus, ao ser generoso você ta materializando sua fé, pois bem Deus não se deixar vencer em generosidade, e dará dez vezes mais, porque é a promessa que ta La no evangelho. Pronto, resumido entrou na sua cabeça, Deus deu pra entender? Problema isso não é Deus! isso é um deus falso, exatamente porque coube na sua cabeça, exatamente porque Deus, gente, é desconcertante, quando você acha que entendeu, ele te desconcerta e faz exatamente contrario que você esperava, quando você vai e cria um deusinho domesticado que cabe na caixinha de sua cabeça, logo, logo, você vai começar a ver que ele não funciona, ou seja não cabe na realidade, você vai da todo o seu dinheiro, e ai não fica rico, e ai você vai reclamar para o pastor. Pastor eu não fiquei rico, você prometeu que eu ia ficar rico? E agora? Á mais é que você não teve fé. A culpa ta sempre com você, na verdade você devia ter fé, devia se entregue muito mais, você deu o dinheiro mais não entregou tudo. E assim vai as pessoas vão se decepcionando, e vão se decepcionando e deixando de acreditar em Deus, vão deixando de acreditar me religião, deixando de confiar em igrejas, e ai começam aplicar aquela decepção para todas as igrejas, e fica dizendo que todas as igrejas são embusteiras, todas são aproveitadoras. É assim que termina as pessoas perdendo a fé. Então como é que agente perde a fé. Deixa explicar pra você como é que perde a fé. O primeiro passo para perde a fé é crer, profundamente em um deus falso, quando você tiver de joelhos diante deles, desse deus falso, o demônio vai levantar o véu e dizer, ta vendo ele não existe, entende?. Então, Karl Barth nos alerta, cuidado, com essas imagensinhas de Deus que você cria na sua cabeça. Este sentido ele tem razão. Agora ele não tem razão, quando ele, exclui completamente a analogia entes, quando ele diz que não é possível de jeito nenhum você conhecer Deus através da reflexão, da filosofia, porque ele diz que isso só produz ídolos, não nada disso! Não é que só produz ídolo, produz coisas boas, só que nos temos que ta sempre ficar atentos pelo fato que nossa razão é limitada. Ou seja, o que criou esse idolosinho na cabeça do sujeito, não foi a razão, ta entendendo? Foi a soberba. Quando você põe um deusinho que cabe na sua cabeça, a dificuldade, esse deus ele é falso, mas não é falso porque a razão só produz ídolos, é falso porque a soberba só produz ídolos, ta entendendo? Quando você tem a soberba de dizer, á eu conheço Deus, eu domino Deus, eu sei Deus perfeitamente, perai rapaz quem você pensa que é? Não. Deus abita sempre em luz inacessível. Então as criaturas, falam da grandeza de Deus. Mas ao mesmo tempo Deu transcende toda a criatura. Então é por isso, que Karl Barth não tem razão, mais tem razões, nos podemos sim, fazer uma analogia entes, podemos fazer uma analogia com as criaturas, mas sempre considerando aquilo diz, o quarto concilio latrão, olha a citação que esta n°43
Com efeito, é preciso lembrar que "entre o Criador e a criatura não se pode notar uma semelhança, sem que se deva notar entre eles uma ainda maior dessemelhança”,
Quarto concilio de latrão. Existe uma semelhança entre a inteligência do homem, entre a inteligência de Deus, mas se agente nota essa semelhança, logo em seguida temos que dar um segundo passo, e dizer e notar uma ainda maior dessemelhança. Essa é a posição católica equilibrada correta. Ou seja, minha razão é capaz de fazer uma analogia, entre a perfeição da criatura e a fonte que é o criador, mais logo em seguida eu tenho que saber que existe um abismo de diferença. Então essa frase do quarto concilio de latrão, ela é extraordinariamente importante, entre o criador e a criatura não se pode notar uma semelhança, sem que se deva notar entre eles uma ainda maior dessemelhança. E ai santo tomais de Aquino o grande tomas de Aquino, vem numa remata dizendo assim, uma citação suma contra os gentios: não podemos aprender de Deus o que ele é, mas apenas o que ele não é, e de que maneira os outros seres, se situam em relação a ele. Então aqui santo tomas, esta nos lembrando que no fundo, no fundo, por mais que agente faça analogias, nos terminamos sempre numa espécie de teologia Apofática. É uma palavra difícil, mas ela é usa em teologia e é bom, criando vocabulário especializado, nos estamos estudando né, então que estuda é porque quer aumentar o seu conhecimento. Pofático, que dizer: negativo, apofazer em grego, é negação, catáfazes é afirmação, apofázes negação. Então uma teologia Apofática quer dizer uma teologia negativa, ou seja dizer de Deus o que ele não é. Deus é invisível, isso é negação, não visível, Deus é invisível, Deus é incompreensível, poderíamos dizer, Deu não é material. Então você vai dizendo o que Deus não é, Deus é incorruptível, então vai dizendo o que Deus não é, e chegando a uma certa conclusão daquilo que ele é. Então não podemos aprender de Deus o que ele não é. Agora essa afirmação de santo tomais, não deve ser levado ao radicalismo, da teologia Apofática mística que termina dizendo, ai então se nos só podemos dizer o que Deus não é, então todas as definições dogmáticas tudo isso é tudo bobagem, vamos jogar na lata do lixo, porque no fundo não podemos dizer nada sobre Deus. não. São tomais não é desse radicalismo, isso é tirar santo tomais do contexto, não ta entendendo o que ele pensa. É possível sim fazer lago a respeito de Deus, dizer algo sobre Deus. existe duas afirmações de santo tomais, que são aparentemente contraditórias, ele chega e diz: nos não podemos conhecer a essência de Deus, ai ele depois vai La na suma teológica, e faz todo um artigo sobre a essência de Deus, ué não tem uma contradição nessa historia?como é que ele acabou de dizer que não pode conhecer a essência de Deus, mas depois na suma teológica faz um artigo sobre a essência de Deus? mas é porque, nos não podemos conhecer a essência de Deus na sua profundidade, mas podemos de alguma coisa, de alguma forma, ver aquelas semelhanças, e afirmar a grande dessemelhança, como nos recorda, o concilio de latrão.
Pois bem chegamos ao final do primeiro capitulo, levamos duas aulas pra ver esse primeiro capitulo.
8_Capítulo II- Deus vem ao encontro do homem
IV AULA – PARTE I
Então nos vamos começar então o capitulo segundo, nos estamos no n°50, seguintes. Deus vem ao encontro do homem. Só pra lembrar o que vimos até agora, parecia uma espécie de aula de teodiceia, ou seja, nos tivemos uma abordagem, de arrespeito de Deus, apartir da razão humana, ou seja, o homem como capaz de Deus, e como é que nos podemos chegar a ele através da luz da razão, das dificuldades que existem de chegar até de Deus, pela luz da razão por causa do pecado original, e agora então nos entramos propriamente no campo, especificamente teológico, Deus vem ao encontro do homem. É necessário agente lembrar o seguinte vamos começar essa parte mais teológica, agente distinguir as duas coisas, qual é a finalidade dessa aula de catecismo? É duas coisas expor a fé e explicar a fé, quando agente expõe a fé, que é aquilo que o catecismo procura fazer, isso é vinculante, ou seja, aquilo que é a fé da igreja católica, aquilo que agente crer na igreja católica isso nos vincula. Só que uma coisa é dizer que nos cremos, a outra coisa é explicar aquilo que nos cremos, ou seja, a exposição ela é vinculante mas a explicação não, então vocês vão notar que durante essas aulas de catecismo, toda hora eu vou dizer o que a igreja crer, qual é a nossa fé, mas logo em seguida eu vou fazer analogias, eu vou fazer explicações,eu vou fazer comparações, eu vou tentar racionalmente agarrar essa realidade que é objeto de revelação, então é muito importante agente fazer distinção das duas coisas, por que? Porque é aqui que acontece muita controvérsia, a fé ela vincula, é igual pra todos. Agora como eu explico a fé isso ai é um esforço teológico, é ai que agente pode falar de varias escola teológicas, o catecismo de persi ele procura não ser teologia, o catecismo não é teológico, por quê? Porque o que ele quer é simplesmente expor a fé da igreja tal qual ela é, não é uma realidade teológica, você ver, por exemplo, tem coisas teológicas dos santos padres que não estão no catecismo, você vê santo Agostinho, santo Agostinho ele faz todo o esforço para explicar a Santíssima Trindade, se você for ler o De Trinitate de Santo Agostinho ele faz comparações a respeito do intelecto humano e a santíssima trindade, isso é um esforço teológico de Agostinho, isso não ta aqui no catecismo, porque não é a fé, e a explicação. Então santos padres, como santo Agostinho, São João Crisóstomo, e outros santos importantes. Eles vinculam a nossa fé quando eles expõem a fé, dizem no que é que agente crê. Por exemplo, nos cremos na santíssima trindade, no caso aqui de santo Agostinho, mais eles não vinculam a nossa fé, quando eles explicam, ou seja aquela explicação da santíssima trindade, baseada numa analogia com o intelecto humano isso ai é uma escola teológica, que você pode ta de acorde, ou não ta de acordo, você pode seguir ou não seguir. Então isso é uma coisa que as pessoas tem um pouco de dificuldade, de distinguir dentro da igreja, que é essa coisa que existe uma diferença entre exposição da fé e explicação da fé, o catecismo ele expõe a fé, agora o padre Paulo vai tentar muitas vezes, não somente expor, vou tentar explicar, e ai apartir dessa realidade do explicar as vezes agente entra em questões teológicas, que não são necessariamente a fé da igreja. Então entramos no ARTIGO 1 - A REVELAÇÃO DE DEUS.
I. DEUS REVELA SEU "PROJETO BENEVOLENTE"
Vocês vão notar que este artigo primeiro, ele vai seguir bem de perto a primeira parte da constituição Dei Verbum, a respeito da divina revelação, vocês sabem que o concilio vaticano II, tem uma constituição chamada Dei Verbum, então se você quiser aprofundar isso que ta aqui no artigo 1, eu tenho um curso no site, só a respeito disso, que é curso de revelação e fé, é aquela primeira parte da Dei Verbum, em que eu comento a primeira parte de Dei Verbum. Então pra ficar bem claro, é evidente que o curso inteiro vai muito mais do que aquilo que ta aqui no catecismo, tem muito mais coisa, mais o curso de revelação e fé trata disso. Depois quando nos passamos pelo Artigo 2, que a transmissão da revelação, existe um curso também no site sobre isso, é curós de transmissão da revelação. Então é importante agente. Esse curso de revelação e fé não foi postado ainda no site. Mais existe um curso também sobre isso. Então pra gente ver que tudo isso aqui pode ser aprofundado muito mais do que aquilo que eu exponho, então o que disse até aqui nas aulas anteriores você vai La no curso de teodiceia, o que vou dizer nestas aulas agora ta La no curso de transmissão da revelação, então por enquanto vamos ver o que está escrito no catecismo.
Ele começa evidente, a Dei Verbum, uma grande citação da Dei Verbum, muito bonita por sinal que a Dei Verbum N°2 ele diz assim:
51 "Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tomar conhecido o mistério de sua vontade, pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tomam participantes da natureza divina[fca4] ".
Vejam que Densidade essas idéias que estão aqui. Então primeiro aprouve a Deus, agradou a Deus, foi da vontade dele. Agora essa vontade de Deus, não e algo que fosse uma obrigação dele, é uma vontade totalmente bondosa, por pura bondade, é um projeto benevolente, como está ai no titulo. Deus quis porque amou, mais não é que ele precisasse não é que era uma necessidade matemática não era uma necessidade de intrínseca, Deus não poderia fazer isso , mais ele quis aprouve a Deus, isso quer dizer agradou a Deus, ele quis foi do seu agrado. Em sua bondade e sabedoria, isso é uma grande consolação saber que Deus não é somente sábio, ele é bom, não sumamente inteligente, ele é também sumo amor. Então ele usa a sua inteligência e a sua bondade. Então ele quis fazer o que, se revelar a si mesmo. Como agente ver no N°52, o numero logo em seguida, tem La uma citação de 1TM que diz assim: Deus abita em luz inacessível, então é exatamente Deus que está em luz inacessível, ele vai e se revela ao homem, mas não somente revela a si, mas revela também o mistério de sua vontade. Qual é o mistério da vontade de Deus? Ele quer através de Jesus Cristo e através do Espírito Santo, trazer o homem pra participar da sua natureza divina, ou seja, para ser co-herdeiro de cristo. Entoa ta aqui a grandeza dessa dinâmica, o Pai que abita me luz inacessível envia ao mundo essas duas mãos, esses dois braços, pra usar a expressão famosa de santo Irineu de Lion. Ele envia o Filho ele envia o Espírito Santo para nos trazer para si, para participar da sua bondade Divina. Então a Dei Verbum diz assim: Revelou a si mesmo, o Pai se revela e torna conhecido o mistério da sua vontade, pelo o qual os homens, por intermédio de Cristo. Vejam que não usa a palavra Filho, porque que ele usa a palavra Cristo ao invés da palavra, filho? Porque o filho é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Cristo é também segunda pessoa da santíssima trindade, mas é que por enquanto, por intermédio de Cristo o verbo feito carne, ou seja nos não podemos usar a palavra cristo para segunda pessoa da santíssima trindade, antes da encarnação, não é apropriado, agente poderia sim, de forma analógica, quer dizer sim como pai na eternidade ama o filho no espírito santo, então o filho é ungido desde de toda a eternidade, tudo bem, não tem dúvida mais cristo propriamente dito é o homem, ou seja filho de Deus eterno que se fez homem, verbo feito carne, ou seja palavra de Deus que se fez carne, então por intermédio de cristo, por nosso Senhor Jesus Cristo, no Espírito Santo, ou seja na unidade do Espírito Santo. Esse é o designo de Deus, Deus envia o filho que se faz carne, e depois nos uni a esse filho através do espírito santo e nos traz para si. O homem tem acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina. Consortes, participantes, nos participamos da natureza divina, isso é uma coisa assim que é realmente a revelação de um mistério, ou seja era algo que não dava pra gente imaginar que Deus quisesse isso, a salvação que Deus tem pra nos, é a participação na sua natureza divina, isso é algo que nos deveria deixar de boquiabertos, pelo menos deixou os anjos boquiabertos, quando os anjos viram esse mistério escondido de Deus desde de toda eternidade, Deus revelou então isso, Deus revelou a si enquanto Deus de Amor, e revelou o mistério da sua vontade, ou seja de nos levar pro céu para participar da sua natureza divina, por intermédio de Cristo no Espírito Santo. Vejam que palavras bem escolhidas, vejam como é uma texto trinitário, La está o Pai o Filho e o Espírito Santo, a ação dos três, o Pai em luz inacessível envia, o Filho na unidade do espírito santo, somos levados para eles. Muito bem,então continuamos no N°52
52 Deus, que "habita uma luz inacessível" (1 Tm 6,16), quer comunicar sua própria vida divina aos homens, criados livremente por ele, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos. Esse conceito também, nos já vimos na aula, porque nos somos filhos adotivos? Nos somos filhos adotivos porque não participado da natureza de Deus, somos adotados, somos unidos ao filho Jesus, e ai como membros do filho Jesus, podemos dizer que somos filhos também, mas por natureza nos não somos filhos.
Ao revelar-se, Deus quer tornar os homens capazes de responder-lhe, de conhecê-lo e de amá-lo bem além do que seriam capazes por si mesmos.
Então vejam que a revelação não é uma coisa de mão única, Deus vem até nos e se revela, mas ele espera uma resposta do homem, mas essa resposta é o que? Que agente deve responder, conhecer, e amar a Deus, muito além do que aquilo que seriamos, por nossas próprias capacidades. Na aula anterior nos estávamos vendo o que? O que nos éramos capazes, quais eram a nossas capacidades, agora nos estamos vendo, que não é só nas nossas capacidades, a revelação aumente aquilo nos éramos capazes,a gente se torna, capaz de muito mais. Então como é que Deus então, faz? N°53
53 O projeto divino da Revelação realiza-se ao mesmo tempo "por ações e por palavras, intimamente ligadas entre si e que se iluminam mutuamente". Vejam isso é uma citação da Dei Verbum n2. Agente tem uma idéia que revelação divina, é assim: de repente Deus aparece para um profeta, tipo como na visão do profeta Isaias, Cap. 6, Isaias vê os Querubins, que aparece La, então vendo aqueles querubins, ele tem aquela, teofânia, aquela visão de Deus, e se sente Impuro, cai por terra, indigno, tudo bem isso é uma revelação, sem duvida nenhuma, não to negando que seja uma revelação, e Deus então fala a Isaias, também isso é uma revelação. Mas aqui o catecismo chama nossa atenção, com essa citação da Dei Verbum, pro fato de que Deus se revela por ações, ou seja, na historia da Salvação, Deus foi se revelando, por exemplo: o povo de Israel foi levado pro cativeiro da babilônia. Bom poderia ter se estendido. Só ouve dois exílios, não sei se você sabe isso da historia de Israel, só pra vocês se localizarem no que eu to falando.
Havia os dozes tribos de Israel, veio o Império Assírio e levou o reino do Norte embora, ou seja, as Dez tribos. O reino do norte foi exilado, aquela dez tribos, nunca mais tchau. Ficaram as duas tribos do Sul, reino de Judá. Veio outro Império e fez o segundo exílio, império da babilônia que levou embora as tribos do Sul. Bom tudo indica que estás tribos vão se perde também. Num prazo de setenta anos, o império da babilônia cai, é Judá é salvo, volta pra casa, repatriado, porque agora os persas que estavam mandando. Ta entendendo, então existem ações políticas e militares através da historia. Vêm os assírios e levam embora, vem os babilônios que tomam contam, depois vem os persas que tomam conta. Três império que se sucedem, naquela realidade política histórica, existe uma ação de Deus, que resgata o povo da perdição, o povo estava se perdendo historicamente, o povo ia ser destruído, e através da ação de um império pagão, persa, o povo é salvo. Mais não somente isso, isso aqui vai se torna,(depois a Dei Verbum vai falar com muita mais clareza quando falar da revelação em Jesus cristo, mas isso ta La frente, então vamos deixar o que ta pra frente, pra quando chegar) mais a revelação que Jesus, veio trazer de Deus, porque ele é a plenitude da revelação, não é somente as palavras que Jesus pronunciou, mas aquilo que Jesus fez, aquilo que ele foi concretamente, as ações, a forma como Jesus morreu na cruz, aquilo que ele fez com os seus apóstolos, tudo isso, é uma realidade, de palavras e ações, então muito importante na bíblia agente ver que a revelação de Deus ela não dá somente com palavras, á Deus disse, dois pontos , abre aspas. Então ali Deus ta se revelando. Mas ouve revelação de Deus também através desta realidade da ação, do agir histórico. Então a ação e a palavra, veja o que Dei Verbum ta tentando nos ensinar:
53 "por ações e por palavras, intimamente ligadas entre si e que se iluminam mutuamente".
Deus fala, uma coisa, ninguém tem maior amor do que aquele que da a vida pelos seus amigos. Depois ele vai e morre na cruz. Veja essas palavras estão intimamente ligadas com aquela ação, e uma ilumina a outra. Quando eu vejo Jesus morrer na cruz eu entende que ele estava dizendo, ninguém tem maior amor do que aquele que da a vida por seus amigos. E quando eu vejo Jesus, dizer essas palavras, essas palavras iluminam a morte dele na cruz, é a morte de uma amigo, deu pra entender? Que a ação e a palavra elas se iluminam, mutuamente? Então isso é muito importante na dinâmica da revelação, esse projeto comporta uma pedagogia divina peculiar, isso aqui é muito importante principalmente, quando agente fala de antigo testamento, as pessoas se perdem uma pouco com essa historia de antigo testamento, porque acham que, a não, mais ta na bíblia, sim gente ta na bíblia, mas pêra La existe uma pedagogia divina, Deus foi se revelando aos poucos, a entendendo? Então isso quer dizer que, as revelações mais antigas, aquilo que Deus vai dizendo, de uma forma mais antiga, aquilo lá é arcaico, aquilo lá não ta, não é ainda revelação plena, então existe uma pedagogia Divina peculiar, Deus comunica-se gradualmente com o homem, nos iremos ver por exemplo, quando Deus chega a Abraão, como Deus se revela para Abraão, gradualmente, a revelação que Deus Fez para Abraão, não tem a mesma estatura da revelação que Deus fez a Moises.
Este projeto comporta uma "pedagogia divina" peculiar: Deus comunica-se gradualmente com o homem, prepara-o por etapas a acolher a Revelação sobrenatural que faz de si mesmo e que vai culminar na Pessoa e na missão do Verbo encarnado, Jesus Cristo.
Então Deus vai amansando o homem. O que nos temos no antigo testamento, olho por olho, dente por dente. daqui apouco aparece, ama teu próximo, ai vem Jesus e diz ama o inimigo. Veja como foi lenta e gradualmente progredindo, até chegarmos a isso. Agora imagine 2000 anos antes de cristo, naquela situação em que as pessoas estavam se vingando umas das outras e sendo agressivas etc. furava o olho do outro, outra pra se vingar ia La e queimava a casa dele matava os filhos e acabava com tudo que ele tinha. Pra por uma freio na violência, se coloca a lei do talião, olho por olho, dente por dente. Seguinte furou teu olho você vai La e fura o olho dele, pronto cabo, mais não mais que isso. Mais ai lentamente, vai se trazendo, para o amor, é a pedagogia de Deus. hoje não vale mais o olho por olho, dente por dente, porque nos já superamos isso, não no sentido de que, aquilo que Deus disse não era verdade, mas era uma pedagogia. Então aqui vem esta citação belíssima de santo Irineu de Lion. O catecismo cita com freqüência essa obra contra os hereges. Ele diz assim:
São Irineu de Lião fala repetidas vezes desta pedagogia divina sob a imagem da familiaridade mútua entre Deus e o homem: "O Verbo de Deus habitou no homem e fez-se Filho do homem para acostumar o homem a apreender a Deus e acostumar Deus a habitar no homem, segundo o beneplácito do Pai"
Olha que comparação bonita, ele ta dizendo que, em Jesus, o homem tava sendo amansado, e Deus tava sendo amansado, por assim dizer. Para que não se estranhassem, o homem começou a se acostumar, e ali morando em Jesus, ou seja, é uma comparação, você não vai levar isso, ao pé da letra. Ali na única pessoa de nosso senhor Jesus cristo, vamos falar com a linguagem mais correta, na única pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, a natureza divina e a natureza humana, habitavam uma com a outra, aquilo que nos chamamos de união hipostática. O que santo Irineu ta dizendo, ta de forma mais poética. Em Jesus Deus tava se acostumando a morar com o homem, e o homem se costumando a morar com Deus, de tal forma que, agora que Jesus subiu aos céus derramou o espírito santo, Deus vem habitar em nosso coração na Eucaristia, Deus vem habitar no nosso coração com o Espírito Santo, Deus já ta acostumado a morar com a gente, e nos acostumado a morar com Deus. Então essa é um pouco a dinâmica desta pedagogia divina. Bom, examinamos a primeira parte do artigo I, da revelação Divina, Deus revela seu projeto benevolente.
9_As etapas da revelação
IV AULA - PARTE II
II. AS ETAPAS DA REVELAÇÃO
Nos estamos, então seguindo agora o catecismo, apartir do n°54, ou seja, se fala das etapas da revelação. Vimos-nos até agora que Deus revela seu projeto benevolente. Quais são as etapas da revelação de Deus? Bom, primeira coisa, agente tem que considerar o seguinte, que já no paraíso, com Adão e Eva haviam a revelação, ou seja não existia somente uma revelação de Deus nas criaturas, como nos vimos nas aulas passadas, ou seja uma revelação “natural” ou seja, como diz o catecismo, aqui n°54
54 "Criando pelo Verbo o universo e conservando-o, Deus proporciona aos homens, nas coisas
criadas, um permanente testemunho de si. Ou Seja, olhando pras coisas que estão por ai agente ver, consegue intuir Deus, as perfeições de Deus, ai também aquilo que são Paulo coloca na carta ao Romanos, que nos somos capazes de alguma forma de intuir a presença de Deus olhando para a realidade da criação. Mais não existia somente essa teologia natural, ou seja, essa forma de conhecer a Deus através da natureza do cosmo, olhando pra realidade criada. O antigo testamento, La no livro do Genesis nos vemos que de alguma forma havia uma relacionamento de Deus com o homem. Por exemplo, o livro do Genesis fala que Deus vinha passear com o homem na brisa da tarde, ou seja isso algo de graça sobrenatural, isso não é algo que ta na natureza, não ta na natureza da criação e nem na natureza de Deus, que Deus venha passear conosco, isso é algo que acontece porque Deus se rebaixa, Deus se dá a conhecer, através de uma revelação toda especial. Então é por isso que já, nossos primeiros pais havia uma realidade de revelação, então nos já sabemos que isso já existia La, logo com o projeto originário de Deus. mais sabemos que Adão e Eva pecaram, e o que aconteceu apartir do pecado de Adão e Eva?bom, muito concretamente apartir do pecado de adão e Eva, Deus não abandonou os seres humanos, isto também é muito importante no dizermos isso, n°55 porque veja agente fica se perguntando o que é que acontece do pecado de adão e Eva, onde Deus claramente se revelava a eles e caminha com eles no paraíso na brisa da tarde. E o chamado que Deus fez a Abrão, o que aconteceu nesse longo intervalo? Nos sabemos que ele é longo porque Abrão nos podemos datar os eventos de Abraão mais ou menos 2000 anos antes de cristo, mais a humanidade é muito mais antiga do que isso. Então o que aconteceu desde a criação de adão e Eva La atrás, até Abraão, Deus abandonou as pessoas, Deus largou os homens assim, para que eles procurassem as apalpadelas não ouve revelação de Deus, antes de Abrão? O catecismo no numero 55, diz que, após a queda houve de alguma forma um cuidado de Deus, por que?
55 Esta Revelação não foi interrompida pelo pecado de nossos primeiros pais. Deus, com efeito, "após a queda destes, com a prometida redenção, alentou-os a esperar uma salvação e velou permanentemente pelo gênero humano
Deus estava ali de duas formas, no coração do homem, porque dava ao homem animo para que ele esperasse uma salvação, e de outra forma Deus tava La também de alguma forma velando protegendo, o gênero humano, não era ainda a revelação abraamica, mas já estava La uma presença de Deus, existia um relacionamento de Deus com a humanidade antes de existir Abraão, antes de existir um povo eleito. Então é importante agente ver isso pra que de alguma forma agente cobrir essa falta essa lacuna que está La entre Adão e Eva e Abraão. Então é um pouco isso. Nos vemos no n°56 quando se fala da aliança de Noé. Primeira coisa antes de falarmos de Noé e da torre da babel, é importante eu falar um pouco pra vocês o que é nos devemos realmente considerar nos primeiros capítulos do livro do Genesis. Os primeiros capítulos do livro do Genesis , especialmente de Gn 1 até 11, nos temos a descrição de todo aquele período que vem da criação até Abraão. O que nos devemos considerar de histórico em todas essa narrativas? Porque ali nos temos narrativa a respeito de Caim, fala-se de gingantes, e depois um serie de genealogia, fala-se da torre de babel. Nos devemos levar isso ao pé da letra, isso realmente aconteceu, historicamente, aconteceu de fato um dilúvio universal, com Noé? Veja, nos não sabemos, e deixa eu dizer mais ainda, não é importante saber isso, por que? Porque veja tudo isso é revelação de Deu, é importante que nos, aprendamos o que Deus tava querendo ensinar aquilo ali, porque veja, aquilo que está contido no relato dos 11 primeiros capítulos do livro do Genesis, não é uma coisa que foi, de alguma forma passada de geração e geração até que chegou finalmente alguém, e alguém colocou por escrito não foi isso, não é que Adão e Eva se encontram e falavam ai depois foi concordando, e ai contaram para os filhos deles, que contaram para os netos, que depois contaram para os bi netos e ai foi chegando de geração e geração e até que chegou até nós, não foi isso, que aconteceu certamente. O que aconteceu em relação a historia de Adão e Eva, é simplesmente que Deus iluminou um escritor. Iluminou este escrito pra que escrevesse uma verdade a respeito da criação, mais o que Deus ta querendo explicar? Ta querendo escrever um livro de ciência pra dizer que realmente criou. Detalhe por detalhes, seguindo minuciosamente, ou Deus está revelando, através de metáforas, através de historias de narrativas, uma verdade muito mais profunda? Acho que é a segunda opção né verdade? Ou seja Deus está revelando algo muito mais profundo do que simplesmente uma simples narrativa histórica, ele está revelando uma verdade teológica, Algo muito importante. Então depois de Adão e Eva, nos temos ai uma aliança com Noé!
Então naquele acontecimento La do dilúvio, o que é nos podemos tirar de bom e de positivo? Qual é a mensagem que Deus tem, pra colocar? Bom é varias mensagem, a primeira delas, a mais importante que o catecismo ressalta n°56 é fato de que Deus fez uma aliança com Noé, ou seja a primeira aliança que é narrada no antigo testamento, não é aliança com Abrão, existe uma aliança anterior com Noé, quando Noé sai da arca e oferece um sacrifício a Deus, Deus sela essa aliança com o arco Iris, e essa aliança Noatica, ela não foi rompida, ou seja Deus tem uma aliança de fidelidade com a humanidade inteira, e portanto de alguma forma Deus está se relacionado não somente enquanto Criador, mas também como salvador que tem um pacto uma aliança com o resto da humanidade, e aqui agente então consegue enxergar, qual é a situação desses povos, pré cristão, por exemplo, como é que viviam os nosso índios antes de chegar a evangelização até eles, como é que viviam os negros na África antes de chegar a evangelização até eles , na Ásia. Então vivia-se nesta realidade de uma aliança com Deus, como foi feita com Noé. Veja agente tem que, um pouco abstrair deste questionamento e saber, será que aconteceu mesmo, historicamente, um dilúvio? Não é isso, o que sobre tudo ta querendo ser transmitido aquele relado é que Deus tem um pacto de amor com a humanidade inteira, de não destruir a humanidade inteira, embora a humanidade merecesse por seus pecados ser destruída, Deus dá através de Noé uma nova chance para a humanidade. Então aqui que está, o catecismo diz assim:
A Aliança com Noé depois do dilúvio exprime o princípio da Economia divina para com as "nações",
Primeiro eu gostaria de chamar a atenção para essa palavra Economia, preciso pra você o que é Economia, porque Economia com E maiúsculo, que ta no catecismo. Quando fala em Economia se você pensa em dinheiro, se você pensa em mercado, pensa em finanças, não é isso que o catecismo ta falando, na linguagem teológica, Economia com E maiúsculo, preste atenção na definição: é tudo aquilo que Deus nos faz para nos salvar, parece estranho, de onde tirou essa palavra, bom vamos olhar para origem da palavra Economia. Economia vem de Oikos= casa, e nomos= regra, ou seja o governo da casa, como é que Deus governa a sua casa? Ou seja essa grande casa que é o mundo, esta grande casa que Deus nos deu, é está casa que Deus então quer agora governar Salvando como que se nos tivéssemos em uma casa em ruína, como que se essa casa de alguma forma tivesse sendo destruída pelo o pecado, etc. E Deus faz alguma coisa, Deus faz realidades concretas, passos concretos pra então salvar essa casa, salvar essa pessoa, então isso que, quer dizer a palavra Economia. É importante agente ter isso diante dos olhos, porque todas as vezes que aparecer, no catecismo essa palavra Economia com E maiúsculo você põe na sua cabeça então imediatamente isso, to falando de alguma coisa que diz respeito a salvação. Então é algo que se relaciona salvação da humanidade. Então olha a frase que ta La:
o princípio da Economia divina para com as "nações", veja o que Deus faz pra salvar as nações, quem são as nações? Em hebraico, são os Goin, que dizer os povos que não são o povo judeu, os chamado gentios, não sei se você já ouviu essa palavra gentios, em alguma tradução da bíblia, agente fica se perguntando que são essas gentios? São as nações, ou seja, gentes em latim que dizer, Nação. Então você imagina que existem todos os povos, todas as raças, todas as nações. Agora Deus ira colher em Abraão uma povo, aquele povo La é o povo eleito, é o povo através do qual vem a Salvação. E o resto? A o resto são as nações, ou seja são os gentios, são aqueles que não fazem parte do povo eleito. Então como fica esse pessoal que não faz parte do povo eleito? Eles estão todos perdidos, vão todos para o inferno, vão ser desprezado por Deus. Bom primeira coisa, não os abandou ao logo dos séculos, existia uma aliança de Deus com as nações e essa aliança foi selada com Noé, independente se a figura histórica de Noé existiu ou não. Ou seja o que a revelado na bíblia, é que ali em Noé Deus fez um pacto, que foi selado com todas as nações, todos os povos, e o arco Iris que lembra esse pacto de fidelidade de Deus com a humanidade. Então agente se pergunta, pêra La se Deus se revelou a Noé, antes de Abraão estão quer dizer, que de alguma forma as religiões dos gentios, as religiões pagãs, as religiões desse pessoal que não é cristão pode ser que elas, tenham alguma coisa de positivo, de bom, de concreto, no relacionamento, nessa aliança Noatica, nessa aliança com Noé. E é verdade, elas podem ter sim, só que tem um outro lado da moeda, tem uma lado positivos de que as religiões tem algo de bom, só que tem também o lado negativo, o qual é o lado negativo? O lado negativo é que os homens estão marcados pelo pecador original. Estando marcados pelo pecado original, os seres humanos também colocaram ali dentro das suas religiões muita coisa ruim. Então as religiões não cristã elas são uma mistura de coisas boas, dos relacionamentos, dos seres humanos que querem buscar a Deus, que querem está junto de Deus, com Deus, e ao mesmo tempo de coisas ruins que o próprio egoísmo humano foi colocando, que ver uma forma bem concreta da gente ver essa realidade de perversidade dentro das religiões, olha para a realidade do império romano, o que nos vemos no império romano, o império que tava La, que recebeu a evangelização o cristianismo, pela primeira vez. O império romano agente tinha o que, primeiro uma religião politeísta, então é algo que ta ai negativo, ou seja os seres humanos, que poderiam olhar para as forças cósmicas para as coisas criadas por Deus, o mar, o céu, as arvores, os animais da floresta poderiam olhar para essas realidades e dizer poxa vida tudo tão bonito, quem será que fez isso? Deus deve ter feito tudo isso. Ao invés de fazer isso os seres humanos fizeram o que? Começaram a adorar animais arvores os animais, os astros etc. começaram a colocar a criatura no lugar do criador, mais isso porque, por causa do pecado, os seres humanos foram ficando cegos por causa do pecado. Então quando os romanos adoravam Apolo o Deus Helio o Deus do Sol, na verdade tava colocando uma criatura no lugar do criador, quando adoravam o deus do trovão, Zeus, ou então o deus do mar, Poseidōn, netuno. Eles estavam colocando criatura no lugar do criador, então havia algo de negativo ali. Não somente isso, duas coisas muito negativas no império romano, uma adoração uma idolatria do governo ou seja, o imperador que se apresenta para ser adorado, você precisava fazer, sacrifícios para favorecer ao imperador, e não somente isso, não somente uma idolatria do imperador, mais as vezes também, uma idolatria da nação, ou seja , o povo romano, enquanto povo privilegiado, “superior” aos outros. Catecismo coloca isso muito claramente no n°54. Pois bem esta realidade, está La nas religiões, e atenção parece que isso é um negocio,tipo padre Paulo ta levantando defunto, ele ta fazendo arqueologia ta falando de uma negocio que aconteceu a 2000 mil anos atrás. Só que esse negócio não aconteceu a 2000 anos atrás, isso ta acontecendo hoje! Ou seja, nos estamos diante de uma realidade de soberba e de ressurreição do neopanismo, ta acontecendo a religião da moda agora no mundo atual, é o paganismo, que ta voltando, e ta voltando forte. Então vamos olhar um pouco para a situação da torre de babel, o que a torre de babel nos ensina, e apartir disso, vamos tirar as conseqüências para o dia de hoje. O que é a torre de babel? Torre de babel é o seguinte, o cara faz uma torre, um edifício auto pra poder ficar no lugar auto e poder olhar deus cara, a cara no mesmo “nível” e dizer olha nos também somos grandes. É a pretensão é a arrogância do ser humano que se quer colocar no nível de Deus, é uma pretensão, vamos usar aqui uma linguagem da mitologia grega, é uma pretensão prometeica, prometeu é o sujeito que subiu La no Olímpio e roubou o fogo dos deuses, promeu é homem que desafia deus, essa coisa de to desafiando Deus, eu to no seu nível. Então olha só, a torre de babel, é isso, o homem que, quer se fazer Deus. é exatamente isso que marca toda a cultura do homem moderno, o homem moderno ele quer ser o super homem, ele quer ser o homem que, se coloca no lugar de Deus. é o que nos lembra nitcher, existe um aforismo de nitcher em assim falou zaratustra, ele diz: meus irmão eu irei revela-vos o meu coração, se os deuses existem como poderia eu suportar não ser uma deus? portanto os deuses não existem. Ou seja é o homem que, quer ser Deus, eu não suporto que os deuses existem, é a frase de prometeu, eu odeio todos os deuses. Essa é a loucura de prometeu. Pois bem, Deus vendo essa arrogância do homem na torre de babel, o que ele fez, de alguma forma permitiu que o homem se dividisse, que os homens se dividissem. O catecismo diz assim:
57 Esta ordem ao mesmo tempo cósmica, social e religiosa da pluralidade das nações destina-se a limitar o orgulho de uma humanidade decaída que unânime em sua perversidade, gostaria de construir por si mesma sua unidade à maneira de Babel[fca17] . Contudo, devido ao pecado, o politeísmo, assim como a idolatria da nação e de seu chefe, constitui uma contínua ameaça de perversão pagã para essa Economia provisória.
Ou seja, existe uma pluralidade de países, Brasil, Argentina, os países da Europa, e tantos países. Limitar o orgulho da humanidade. Foi isso que aconteceu, os seres humanos falavam, todos uma língua só, eram só um governo, poderia-mos dizer, uma só realidade. E ai eles arrogantemente se colocam no lugar de Deus, a eu chequei, eu to no nível de Deus, ai Deus confundi as línguas, separam as nações ficam divididas, pra que o home não se orgulhe tanto, fica bonzinho La, vocês não sejam tão arrogante, não queiram tomar o lugar de Deus. é isso que acontece, claramente com os seres humanos. E ai? O que nos estamos enxergando hoje? Hoje, existe todo um movimento nessa mesma direção, existe todo um movimento, por exemplo, de criação de um governo mundial, não sei, se você segue todas essas movimentações ecológicas, todas essas preocupações com o aquecimento global. A o mundo a aquecendo. Daqui apouco eles dizem, a não, ta é resfriando. Porque que eles estão tão preocupados com o clima? Vejam a igreja também se preocupa com a ecologia. Mais existe uma jogada por trás. Se os homens estão alterando o clima do planeta, isso é um problema global, quem irá resolver? Quem ira nos salvar desse problema global? A, temos que criar um governo global. Então se cria um problema global para resolvê-lo com um governo global, você ta entendendo? Veja eu não to negando aqui, que exista mudança do clima do planeta, eu não to negando isso, as mudanças elas existem. Agora a pergunta é, essa mudanças são por causas humanas, somo-nos os culpados disso? Ou são simplesmente mudanças climáticas por que o clima do planeta muda a todo o momento? Quem, que poderia responder isso? Uma grande pesquisa e um estudo cientifico, mais não há nenhuma vontade de fazer um estudo científicos nesta direção, por quê? Porque o lobe, a força, a preção política, na direção de dizer, não é evidente que é a poluição que está fazendo isso, é evidente que são os seres humanos que estão fazendo isso, é evidente que é o efeito estufa. Por quê? Porque, se são os seres humanos que criam o problema, quem ira resolver? Um governo global, arrogância dos seres humanos. Ao mesmo tempo que se começa a trabalhar para um governo global, já vamos reunindo ai os grandes blocos, os asiáticos, começam a se reunir, a America do sul começa a se reunir, a Europa já tem a sua União Européia. Pois bem, ao mesmo tempo em que vamos reunindo grandes blocos e andando e caminhado para um pretenso governo global, surge também, uma pretensa religião global. Não sei se você tem notado, existe todo um movimento para um pluralismo religioso, uma espécie de mistura onde se põe num caldeirão todas as religiões, juntas, onde todas as religiões deveriam conviver pacificamente. La na ONU existe um templo, onde estão todas as religiões juntas. Por quê? Porque um governo global necessita de uma religião global. Só quero aqui alerta para esta realidade, esse é o neopaganismo que está, surgindo. Assim como os Romanos antigamente, pegavam os deuses de todas as nações e colocavam no seu Panteão em Roma para que todos os povos venerassem Roma e o seu Imperador, nos estamos caminhando na mesma direção, é uma alerta, para que agente veja esta arrogância de babel, não é uma mitologia do passado, mais é um projeto de governança mundial que ta ai. Ta entendendo? Qual é a nossa reação diante disso tudo, nossa reação diante disso tudo, sobre tudo como cristão em primeiro lugar é compreender que nos não estamos aqui dispostos a um pluralismo religioso. Que isso padre você ta dizendo que nos temos que ser contra as outras religiões, o senhor ta instigando uma guerra, das religiões. Não to instigando guerra com ninguém, o negocio aqui não é guerra, o negocio aqui é outra historia, o problema é simplesmente esse, que nos precisamos compreender que é esse pluralismo religioso que está sendo pregado por ai, ele está sendo colocado para acabar com o cristianismo, pelo menos com o cristianismo tradicional. Acusei? Muito bem! Então cabe a mim provar. Veja só, pergunta dentro da Igreja católica, vamos ficar dentro de casa, dentro da Igreja Católica. Quem são os padres, os teólogos, os Bispos que são assim fascinados por essa historia de macro ecumenismos, de pluralismo religioso? Vocês podem ver, que se você pegar esse pessoal, que fala muito de unir as varias religiões, você pode ver que, atrás deles existe um idéia de que Jesus é um homem, importante, iluminado, nosso mestre, nosso guia. Mas, raramente ele dizem que Jesus era Deus, por que? Por uma razão muito simples. Se Jesus é Deus que se fez homem, o cristianismo tem algo que nenhuma religião tem! Nos temos o fato de que Deus se homem concreto, palpável, real, histórico !Buda não é Deus que se fez homem, Maomé não é Deus que se fez homem, Confúcio não é Deus que se fez homem, e assim por diante. Mais os cristão tem uma pretensão que nenhuma outra religião tem, nos achamos que Jesus não é o fundador da nossa religião, ele não é um cara iluminado como Buda, ele não é um profeta como Maomé, ele não é um sábio, como Confúcio, ele é o próprio Deus que nos adoramos, deu pra notar a diferença? Deu pra nota o problema? Ou seja, se é assim, o cristianismo tem algo que nenhuma outra religião tem, então não adianta você querer nivelar todo mundo, e dizer que ta todo mundo igual, não adiante você chegar e dizer, a nos todos estamos procurando a verdade, e a verdade está apalpadelas, nos somos todos iguais, não! Então só existe um jeito de você colocar o cristianismo no nível das outras religiões e passar a régua, qual é o jeito? É você transformar Jesus num profeta, num iluminado, num mestre, mais não chama lo de Deus. ta entendendo? Então esta, agenda de pluralismo religioso, ela tem uma finalidade, dentro da própria Igreja Católica, que é transforma a nossa fé tradicional, num substitutivo, num negocio alternativo, ta entendendo? Você pega a fé tradicional e esvaziala do seu conteúdo e colocar ali uma nova fé. Nos cremos em Jesus porque, porque nos cremos na sua causa, nos cremos porque, ele ressuscitou não, não é que ele ressussitou, é que a causa dele continua viva em nos, e assim por diante, eles vão diluindo Jesus, e diluindo Jesus, e transformando-o num guru, num agitador social, em alguma coisa menos no filho de Deus que se fez homem e que morreu na cruz e foi ressussitado no terceiro dia. Então essa coisa de, religião mundial, é a nova babel, nos estamos aqui, diante de uma nova babel, ou seja essa pretensão de unir o homem, de criar um governo mundial com uma única religião. Você vai dizer, mais padre isso não é bom, por que isso vai criar a paz? Não é isso que foi por exemplo pentecoste? Unir todas as nações. Existe uma diferença muito grande entre, Babel e Pentecostes. Babel é um pretensão humana, do homem que com suas forças cria a unidade. Pentecostes é um Dom de Deus. é o contrario. Não é um pretensão do homem, que se arroga, a capacidade de criar o paraíso aqui na Terra. Mais é um Dom que vem do céu. É o Espirito Santo que vem até nos, e nos uni no Amor, e no amor de Cristo, porque é o espírito de Cristo! De Jesus! Não é o espírito da multiplicidade religiosa. Quando no dia de pentecostes, Pedro sai do cenáculo e prega, os homens que estão La, e ouve a pregação de Pedro, dizem: irmãos o que então devemos fazer? Pedro diz: arrependei-vos credo no nome de Jesus, façais que todos sejam batizados. Eis ai, Batismo, Conversão, Fé em Jesus Cristo. É bem diferente de um pretenso pluralismo religioso. Então esse é o caminho de pentecoste, é o caminho da unidade de todos em cristo Jesus. Então aqui que nos vemos um pouco esta primeira parte que nos vimos, o que é que é a revelação que Deus tem pra nos dar, desde a criação de Adão e Eva, até as vésperas digamos assim, da eleição de Abraão. Na próxima aula veremos sobre a eleição de Abraão, ficamos por aqui.
10_Deus elege Abraão
V AULA – PARTE I
Voltamos a nossa aula de catecismo, e nos tinha-mos parado na aula passada no nº 59, nos hiamos falar da eleição de Abraão. Só pra contextualizar, nos estamos no capitulo 2, Artigo 1,falando da revelação de Deus. Falamos da revelação de Deus, que se deu desde a origem, a revelação de Deus que se deu a conhecer, a Noé através da aliança. E agora então falamos da eleição de Abraão. Bom o catecismo no nº59, ele começa com aquele versículo famoso do Cap 12, de Gêneses.
Deus elegeu Abrão, chamando-o "para fora de seu país, de sua parentela e de sua casa" (Gn 12,1)
Deus escolhe Abrão, para transformá-lo em Abraão. Ou seja Pai de muitos povos. Bom vamos um pouco parar, para refletir a respeito dessa figura de Abraão, o que há de novo em Abraão. Em Abrão acontece algo que não existia, antes dele. O quê, que nos temos de especial nessa revelação? Bom, a primeira coisa que você tem que notar o que a revelação que Deus faz para Abraão, ela é de alguma forma uma revelação no ministério, no véu. Abraão vivia num ambiente politeísta, num ambiente onde havia vários deuses. Derrepente Deus se manifesta a Abraão, mais se manifesta de uma forma bem diferente, é um Deus que não te imagem, é um Deus que não tem nome, interessante isso. O que é que se faz aqui de diferente? Deus na verdade está se manifestando a Abraão, e se manifestando de uma forma em que ele mostra a sua superioridade. Veja agente tem que entender um pouco o ambiente politeísta no qual vivia Abraão, como é que ele vivia, uma Deus num ambiente politeísta, é um Deus que tem imagem e tem nome, por quê? Porque tanto a imagem como o nome são duas coisas, são duas forma de manipular a divindade, ou seja, existe um contrato entre a divindade e o seu devoto, em que a divindade irá de alguma forma proteger aquela pessoa, mas como é que Deus, o meu deus com de minúsculo, vai me proteger na hora do meu anseio da minha necessidade. Bom eu tenho que ter uma forma de invocá-lo, e invocar Deus significava tem um nome, quando se diz o nome da divindade se provoca a sua presença. Mais você veja, por exemplo, aquele famoso episodio do profeta Elias com os profetas de Baal, os profeta de baal, quando quiseram oferecer o sacrifício ficavam clamando, pedindo e suplicando baal,baal atende-nos baal,baal repetindo aquele nome, porque? Porque o nome baal provocava a presença da divindade, é uma espécie de crença mágica, em que pronunciar o nome é chamar a presença. Nos temos um pouco isso até hoje na mentalidade popular, por exemplo algumas pessoas, não gostam abesolutamente de pronunciar a palavra diabo, ou demônio etc. porque é chamar a presença dessa entidade. Então essa idéia que através da palavra você traz uma presença. Isso é verdade, mais é em termos, é uma verdade um pouco relativa, por quê? Porque quando eu pronuncio um nome, quando eu digo diabo, ou demônio, ou quando eu falo um nome de um santo, falo o nome de Jesus, o nome da virgem santíssima, o nome de Deus, de alguma forma na invocação do nome existe invocação de presença, mais não se trata aqui como imaginavam os pagãos, de um poder que eu exerço sobre aquela entidade, sobre Deus, ou sobre o demônio, ou sobre a virgem santíssima por exemplo, nada disso! Quando se pronuncia o nome de alguma forma eu estou abrindo a minha alma para aquela realidade, mais isso depende muito da minha intenção, depende muito da forma como eu pronuncio. Se eu falo do Diabo para, pra falar mau dele, ou seja, para dizer que ele não é Deus, que nos não temos que te melo, que nos não temos que seguir etc. então isso não há nenhum problema, o problema é quando agente começa a invocá-lo de uma outra forma. Existe requisios em nos dessa mentalidade mágica, essa mentalidade, que de alguma forma eu pronuncio palavras e as coisas acontecem, mentalidade mágica é isso, não sei é tipo Abra Cadabra eu pronuncio a coisa e a coisa acontece. Vejam isso não tem fundamento na realidade das coisas, não é assim que as coisas acontecem, quando eu descubro um nome mágico e pronuncio aquele nome mágico, para dominar poderes, dominar forças cósmicas, eu estou aqui pretendendo algo que o ser humano não é capaz, o ser humano não tem essa força, nos não somos assim, é uma imbrise, é uma pretensão uma arrogância muito grande. Esta questão da feitiçaria da mágica etc. de pronunciar palavras que com aquelas minhas palavras então eu estou dominando algo, não! Não é assim que acontece. Agora vejam bem, isso quer dizer que as feitiçarias não funcionam de jeito nenhum? Eu não to dizendo isso, eu estou dizendo que se as feitiçarias funcionam, se as feitiçarias causam um efeito maléfico se existe realmente o malefício, o fundamento é outro, o fundamento não está num poder que eu tenho quando eu pronuncio palavras mágicas, o fundamento tem que está em outro lugar, o fundamento pode ser que esteja em uma intervenção demoníaca, o fundamento pode está em alguma força para normal que a pessoa possui, algum fundamento tem, mais não na simples palavra. Não é ai que as coisas acontecem, não é nesse nível. Bom seja como for, Deus quando escolhe Abraão, ele quer romper com isso, ele quer romper com essa mentalidade de que o ser humano tendo o nome do deus, ira dominar a divindade. Deus se manifesta logo desde o inicio como o Deus que não é manipulado. Então a primeira coisa, o Deus que se manifesta a Abraão ele não tem nome. Tanto que você nota na sagrada escritura, naquelas narrativas mais antigas, naquela parte mais antiga do livro do Gênesis, Deus quando ele se manifesta é sempre o Deus de Abraão o Deus de Isaac, o Deus de Jacó, um Deus que não tem nome, qual é o nome dele, não é o Deus de Abraão, aquele lá, mais o nome? Não sabemos. Vai ser somente numa segunda fase na revelação a Moises na sarça ardente que nos vamos ver que Deus apresenta um nome, mais já nos vamos ver o que significou aquele episodio da sarça ardente. O importante é nos enxergarmos isso, que com a Abraão acontece algo de novo, existe uma ruptura, Deus se manifesta, mais não se manifesta como Divindade disponível no sentido de manipulável, eu não posso pronunciar o nome de Deus. isso se vê claramente na questão da imagem, Deus não tem imagem, Deus não tem estatua que o represente, Deus apresenta pra Abraão, assim. Certamente Saara quando ouviu Abraão ela deve ter pensado que seu marido ficou maluco, né? Por que? Abraão chega e diz: sara faz as malas que nos vamos embora, com todos os escravos, e vamos embora. Pra onde? Não sei. Mais nos vamos fazer o que? Não sei. Mais quem pediu? Deus! Mais que nome, tem esse Deus? Também não sei! Mais cadê a imagem dele? Também não sei. Então essa realidade de Abraão de desconhecido, é uma coisa assim bastante incomoda, poderíamos dizer assim, algo diferente, algo de verdadeira ruptura. E porque Deus proíbe, imagens? Se você for olhar na dinâmica do antigo testamento você ira ver o seguinte, das duas uma. Ou você pega o barro e confeccionar um deus pra você, ou você pega o barro e faz um Deus pra você, ou então, Deus pega o barro e faz você! Não há outra alternativa, ou Deus irá modelar você, ou você modela um deus pra você. Então é por isso que quando se narra a criação no antigo testamento, o segundo capitulo do livro do Genesis aparece aquela realidade de Deus que pega o barro então modela o homem e faz o homem a sua imagem e semelhança, ou seja, Deus faz uma imagem pra si, mais essa imagem não é o homem em que faz, é ele que faz. Então se o homem se deixar modelar por este oleiro que é Deus, se o homem se deixar formar, amassando o barro por esse oleiro que é Deus, ele será a imagem de Deus, se o home se revoltar, se o homem se rebelar como Adão se rebelou não se deixando moldar por Deus, então ele caíra no outro estremo na outra realidade que é a idolatria, ou seja, ele vai deixar de ter um relacionamento em que Deus o modela, Deus o faz, Deus o converte e renova, para ter um relacionamento onde ele quer fazer o seu Deus, ira fazer o seu deus a sua imagem e semelhança. É interessante isso, agente ver claramente no paganismo que o Deus que as pessoa escolhem, que as pessoas confeccionam é a imagem e semelhança deles. Pra pegar o exemplo da mitologia, greco-romana, os deuses dos gregos e dos romanos são a imagem e semelhança da sociedade romana e grega. Uma sociedade que tinha uma moralidade muito ambígua, portanto os deuses tinham uma moralidade muito ambígua, onde a sexualidade tava presente um pouco em tudo, então os deuses também eram entidades muito sexuais, né, muito ativas sexualmente, e assim por diante. A violência presente na sociedade dos deuses também romanos e gregos eram violentos. Então é interessante a gente notar que o homem termina fazendo deus a sua imagem e semelhança. E aqui que ta o grande drama, a grande batalha espiritual que nos precisamos viver, portanto a figura de Abraão, esse projeto divino de revelação para Abraão é um projeto antes de tudo de ruptura, ruptura com essa dinâmica de eu querer fazer Deus a minha imagem e semelhança, e de eu querer manipular Deus, e eu querer controlar Deus. os pagãos faziam isso eles pegavam o barro, faziam uma divindade e depois colocavam aquela divindade num andor, e o levavam para guerra. Então deus está conosco ele vai nos defender, eu levo deus onde eu quiser, eu manipulo deus, eu controlo, eu invoco o seu nome baal, e ele se torna presente, ele vem lá pra me auxiliar. Então é o homem que de alguma forma atribui a si, elementos qualidades que são divinas, que na verdade não pertencem a homens, são mais de Deus do que do homem. Então aqui que está a escolha a grande escolha de Abraão, e Abraão se deixa modelar por Deus, quando Deus diz: sai, do seu pais da sua parentela da sua casa e vai onde eu te mostrarei. Naquele momento Abraão se deixa modelar por Deus, começa aquele relacionamento inverso, Deus não tem um nome para que eu controle, Deus não tem uma imagem para que eu o modele, é o contrario, Deus me modela, e Deus muda o meu nome, era Abrão e tornou-se Abraão. Deus me dá um nome novo, porque Deus me da um novo ser, porque ele me modela. Interessante agente notar isso. Agora, isso aconteceu evidentemente através de uma eleição, de uma escolha, porque, que o catecismo fala de um eleição de Abraão, um escolha. Porque Deus é assim, Deus quer salvar a humanidade inteira, mais como é que ele salva? Ele salva através de eleição, através de separação, Deus é santificador, a palavra santificar quer dizer isso, separação. Eu pego um coisa e separo para mim. Isso em hebraico, é cadoche= separado, em latim
= sanctus , separado, em grego, rarios = ξεχωριστό, separado. Nas varias línguas, o significado originário, da palavra santo, quer dizer isso, separado. Deus elege Abraão, Deus separa a Abraão dos outros povos, e inicia um relacionamento diferente com Abraão. Como é o relacionamento que Deus inicia com Abraão? Vejam só, é interessante agente notar que existe uma evolução no antigo testamento. Quando nos chegamos no tempo de Jesus, já no novo testamento, já ta bem claro para o povo de Israel, que só existe um Deus verdadeiro, o Deus que se havia revelado la no antigo testamento era o único, e os outros deuses eram os deuses falsos, eles não existiam, eram só simulaco, aparência de deuses, como diz o salmo, tem boca mais não falam, tem olho mais não vê tem ouvido mais não escuta, são somente bonequinhos feitos por homem, não são deuses verdadeiro. Então isso já tava bem claro, para o povo de Israel no tempo de Jesus. Mas não estava claro la na época de Abraão a evolução foi gradual, paulatinamente Deus foi se revelando, Deus gradualmente foi conduzindo o seu povo para perceber as coisas, então, como é que surgiu a fé la na época de Abraão? O relacionamento de Deus com Abraão não foi inicialmente um relacionamento de monoteísmo, o que é monoteísmo? Monoteísmo quer dizer, só existe um Deus, é o Único, Deus é Único, Deus é monos, único, sozinho, só tem aquele Deus! não existem outro. Na época de Abraão não era assim, quando Deus chama Abraão, ele faz um aliança com Abraão é um pacto de exclusividade, é como se fosse um monopólio, tem certos restaurantes certos bares que só servem tal cerveja, só servem tal refrigerante, é um monopólio é um contrato, a fabrica, o representante da fabrica vai la e diz, o se você servi somente a nossa cerveja, nos fazemos um desconto pra você, nos vendemos mais barato pra você, é uma questão de monopólio, ele fecham mercado naquele restaurante. Então, assim também com Abraão havia essa espécie de contrato com Deus, um monopólio, essa aliança, esse pacto, to usando a palavra contrato, pra você entender o que é aliança, berite, uma aliança um pacto que existe com Deus, e qual era o pacto que Abraão fez com Deus? o pacto que Abraão fez com Deus, é o seguinte, olha você vai adorar somente Amim! Adoraras somente o senhor teu Deus. Agora esse pacto, não significa que os outros deuses não existam, na cabeça de Abraão, naquela época, os outros deuses existiam, só que ele só podia cultuar a Deus, era um contrato de exclusividade, entende? Esse contrato de exclusividade com Deus nos tecnicamente chamamos de enoteismo, enoteismo quer dizer isso: greco μόνος, "unico", e λατρεία, "culto, em grego quer dizer um de primeiro no meio dos outros, um dentre vários, não é monoteísmo, que é o único, mais é um dentre vários. Então Abraão achava que existia um outro deuses, mais que havia um Deus sem nome e sem imagem, que estava fazendo com ele um pacto, e havia ali um contrato, e qual era o contrato? Você me dá adoração exclusiva e eu te darei uma descendência numerosa, como as estrela do céu, este o seu contrato, é a aliança que Deus fez com Abraão. Vejam como Deus vai se revelando aos poucos, Deus se rebaixa a tal nível da compreensão humana, se Deus chegasse e dissesse para Abraão logo no inicio: olha aqui Abraão só eu existo os outros deuses são falso, Abraão certamente teria muita dificuldade de assimilar essa idéia, foi aos poucos que isso foi se dando. Depois que durante muito tempo havia está realidade de exclusividade com Deus, foi ai, que o povo de Israel foi percebendo, principalmente na época dos profetas, que Deus era Único, que os outros deuses eram falsos. Foi na época dos profetas, sobre tudo nos pos exílio, ou seja depois que Judá foi levado para o exílio na babilônia e retornou do exílio da babilônia foi nessa época que então o povo de Israel começou a elaborar esse conceito típico da denuncia dos profetas e que os outros deuses são falsos deuses. Na verdade eles não existem, na verdade eles são simulatos, são só imagens feitas por mãos humanas. Muito bem. O catecismo, então fala da importância de Abraão, e Abraão é venerado pela tradição da Igreja como santo, os santos do antigo testamento. Uma curiosidade da língua portuguesa é que os santos dos antigo testamento, eles recebem sempre o titulo de santo, e não nunca a forma apocopada, aquela forma mais curta de , são. No novo testamento nos dizemos são Paulo, começa com consoante, então a forma é apocopada é curtinha são Paulo. Já Antônio por Exemplo seria santo Antonio, uma forma mais cumprida, começa com vogal. No antigo testamento não, os santos do antigo testamento, são sempre santo, a forma cumprida, então é santo Abraão, santo Davi, o normal seria agente pensar, são Davi, são Isaac, são Jacó. Não mais é santo Abraão, santo Isaac, santo Jacó. Porque uma curiosidade portuguesas é uma de se criou para distinguir estes santos do antigo testamento, estes justos, que não conheceram a Jesus mais que foram salvos por Jesus, porque esperavam a vinda do Messias, como diz a carta aos Hebreus, existe uma, Abraão viu ao longe, Abraão de alguma forma enxergou essa presença de Deus, que chegava que viria através do seu Messias. E viu isso como? Na Fé? Através da descendência, o Povo que foi prometido, ai nos temos todo o episodio riquíssimo da fé de Abraão, com a realidade de Isaac, Abraão recebe de Deus uma promessa de uma descendência, e derrepente Isaac não nasce nunca, sara era histeria, mais quando nasce e finalmente aparece Isaac, Deus pede que Abraão o sacrifique. É bonito toda a historia de Abraão, é uma grande historia de fé, é por que Abraão é chamado nosso Pai na fé, o Canon romano, a oração Eucarística, nº1 do Canon romano, chama a Abraão de Pai na Fé, nosso Pai na Fé. Exatamente por isso, por causa dessa realidade de Abraão que sai, deixa tudo, numa insegurança tremende, Deus não deu a ale nome, não deu a ele imagem, não deu a ele garantias, fez um pacto, fez um alinaça na fé, e esperou. E esperou contra toda esperança, esperou quando os sinais eram evidentemente contrários. Uma fez que nasce Isaac, ele está disposto na fé a oferecer, sacrifício de seu filho. Então essa figura de Abraão, essa imagem de Abraão ela é grandiosa, ela é luminosa, e aqui nos podemos dizer, realmente que ele é nosso pai na fé, em Abraão começou uma coisa que não existia antes, em Abraão existe um salto qualitativo. Agora como é que podemos explicar isso? Podemos explicar somente através de uma eleição de Deus, ou seja, Deus o escolhe, o separa para si, privilegia Abraão, e faz dele eleito, escolhido, cadoche, separado pra ele. Nos não devemos ficar, preocupado com essa coisa de existam pessoas privilegiadas por Deus. Quando Deus privilegia uma pessoa, ele não privilegia está pessoa contra nós, ou seja, a Deus preferiu aquela pessoa e nos aqui ficamos, ao deus de ara, de mãos vazias, e sem receber nada, não! Quando Deus privilegia uma pessoa, é sempre para que aquela pessoa seja de alguma forma um Dom pra todos nos, Abraão nosso pai na fé, Abraão ele foi dom, nele todos os povos um dia seriam salvos. Diz o catecismo, nº60 explicando isso:
60 O povo originado de Abraão será o depositário da promessa feita aos patriarcas, o povo da eleição, chamado a preparar o congraçamento, um dia, de todos os filhos de Deus na unidade da Igreja; será a raiz sobre a qual serão enxertados os pagãos tornados crentes.
Abraão foi chamado para, preparar a Igreja, aquele único povo de Israel seria um dia um único povo do novo Israel que é a Igreja, em Abraão Deus já estava preparando, os eleitos. Você vai dizer, que dizer que existe pessoas que Deus elegeu para serem salvas? E outras que ele elegeu para serem condenadas por inferno? Nãos estou dizendo isso! Deus na sua infinita bondade, diz a carta de são Paulo a Timóteo, quer, que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Agora o que acontece é o seguinte, para ele salvar a todos, ele tem eleitos, ele tem pessoas que ele escolhe, especialmente para que sejam instrumentos de salvação de todos. Todos serão salvos? Bom esperamos que sim, mais infelizmente nos sabemos pelos exemplos históricos de pessoas, mas, e pela realidade do Demônio, e dos anjos decaídos, que infelizmente que existe gente que se condena, existe gente que, na hora de escolher Deus vira as costas e vai embora, rejeita Deus. Então, é importante agente ver isso, Deus quer, que todos sejam salvos. Agora ele faz isso, elegendo pessoas para que ela seja instrumentos de salvação, assim como elegeu Abraão. Então , aqui é o digamos, o núcleo principal deste artigo que nos vermos aqui no catecismo, Deus elege, Abraão.
11_Deus forma seu povo Israel
V AULA – PARTE II
Nos estamos agora no nº 62 do Catecismo, como você nos não estamos compressa de acabar o curso de catecismo não. Nos queremos degustar mesmo a riqueza daquilo que ta aqui. É evidente que eu não falo somente o que ta no catecismo eu coloco outras coisas que ilumina e faz agente compreender com maior profundidade.
DEUS FORMA SEU POVO ISRAEL
Então vamos falar agora Deus que forma o seu povo, Israel. Relacionamento de Deus com Israel. Então veja só. Não houve só Abraão, ouve também outros patriarcas, e sobre tudo, a realidade de Moises. Porque de alguma forma, o povo de Israel, foi somente uma promessa, para Abraão. Porque a promessa se realizou no sentido que Abraão tinha um filho Isaac. Mais em Abraão ainda não havia um povo, e nem Abraão tinha um Pais, era ainda um povo de nômades. Abraão Isaac e Jacó vivem ainda muito como nômades, eles não tem Pais próprio. A terra que havia sido prometida pra eles é algo da esperança futura, o Maximo de terra que eles conseguiram foi quando eles compraram o local pra ser o tumulo de Abraão, que o hoje segunda a tradição é a colina de Jerusalém, Monte Sião, foi ali que tão Abraão foi sepultado. Bom isso é a tradição.
O que é, que podemos dizer a respeito do povo de Israel? Que o povo de Israel na verdade se constitui como um povo, somente depois de Moises. Mais especificamente nos podemos ver no livro de Josué, a chamada as assembléias de Siquém, na sembleia de Siquém, em que Moises reúne ali o povo e diz: olha vocês podem escolher aquém vocês vão servir, eu e minha casa serviremos ao Senhor, é ali que podemos dizer que, se constitui, então, começa a existir realmente o Povo de Israel, com as dozes tribos, e Deus dá a essas dozes tribos um terra verdadeira. Mais isso ta La pra frente.
Vamos parar e enxergar aqui um outro passo importante da revelação de Deus, a revelação como ela foi feita para Moises. Bom, eu falei na aula passada que Abraão ele recebeu um convite de Deus pra sair da sua terra, um Deus sem nome, um Deus sem imagem, e agora com Moises começa a surgir uma outra coisa, Deus que antes não tinha nome, agora com Moises recebe um nome, você conhece a historia de Moises, resumindo bem, Moises estava la no monte sinal e ele vê uma sarça ardente, um fogo, arbusto queimava mais não se consumia, um fogo que ardia mais não destruía a sarça, ele se aproxima pra ver aquele fenômeno, e fica impressionado, então Deus diz, olha retira sua sandália o território que você está pisando é sagrado, e ai? Bom, dali pra frente Deus então diz que, ouviu o clamor do seu povo. É importante essa parte da revelação de Deus a Moises, no livro do Êxodo, eu ouvi, é a expressão que Deus coloca. Ou seja, não é que o povo tinha um nome, “aquele nome mágico” que controla a Divindade, e com esse nome invocou Deus, para criar a presença de Deus de forma mágica, não! Deus se manifesta pra Moises como um Deus que se importa, Deus se importa com o seu povo escravo no Egito. Eu desci, e vi, o meu povo, escravo. Então é aqui está um pouco a chave de leitura desse episodio da sarça ardente. Moises dá uma de esperto, ele diz: escuta tudo bem eu vou La anunciar para o povo, que o Senhor quer libertar, tudo bem, eu vou. Que o Deus a Abraão Isaac e Jacó quer libertar esse povo, mais eu queria saber uma coisa, eles vão perguntar o seu nome, qual o seu nome? Veja, é como que se Moises quisesse da uma de esperto pra que Deus revelasse o seu nome, e revelando o seu nome, ai claro, Moises teria um nome pra controlar Deus. e Deus então revela um nome que não é nome nenhum, ele diz: Eu Sou Aquele que Sou! Essa é a tradução que nos encontramos, geralmente nas nossas bíblias, só que acontece que o verbo, Ser, e Estar, é a mesma coisa. Então nos poderíamos interpretar assim dizendo: Eu Sou aquele que Estou. Ou seja, eu já estou ai, você não precisa de um nome que me manipule, você não precisa de um nome que provoque a minha presença, porque eu estou presente, eu me importo, com o povo. E assim que então Moises recebe um nome que não é nome nenhum, o chamado tetragrama sagrado, tetragrama sagrado quer dizer, são as quatro letras sagradas que compõe o nome revelado por Deus, a Moises. Eu Sou Aquele que Sou. Esse nome que Deus, deu a Moises é um nome que na verdade, é mais uma atestação da presença de Deus, junto com o povo. Agora no vemos ao longo do caminho o quanto foi difícil o povo de Israel se adaptar a essa realidade, era realmente um povo de duras servis, de cabeça dura, como somos nos alias né? Nos somos assim também, não somos diferentes deles, nos somos pecadores verdadeiramente, e não conseguimos viver sem o pecado, e Deus nos perdoa, Deus faz aliança conosco, ele é fiel a essa aliança, agora nos vivemos desse pedido continuo de perdão. Deus faz um pacto com Moises, liberta o seu povo do Egito através das dez pragas, etc. atravessa o mar vermelho, chega ao monte sinal da as tabuas da lei, e La está o povo que foi libertado do Egito caindo, queda depois de queda no seu caminho no deserto, o povo que murmurou contra Deus nas águas de meribá em massa, ele murmuram, a nos saímos do Egito pra morrer aqui de fome, e começa a reclamar como crianças mimadas, nos já estamos enojados desse alimento que Deus nos Deus, e assim por diante começa a ter saudades das cebolas do Egito, então Deus vê que aquele povo realmente é um povo duro, é um povo muito complicado, mais paciente, Deus purifica o seu povo de a idolatria de pecado no caminho do deserto. A Igreja todos os anos, na sua caminhada Quaresmal, quarenta dias de penitencia ela vive essa realidade essa conciencia de que no fundo no fundo, Deus nos ama Deus nos quer Bem, Deus quer nos salvar, mas que nos somos idolatras. Então existe essas infidelidades, então vamos ler o que está escrito no catecismo, n°62
62 Depois dos patriarcas, Deus formou Israel como seu povo, salvando-o da escravidão do Egito. Fez com ele a Aliança do Sinal e deu-lhe, por intermédio de Moisés, a sua Lei, para que o reconhecesse e o servisse como o único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e juiz justo, e para que esperasse o Salvador prometido.
Veja só essa realidade de Deus com Moises mostra aqui todo caminho todo o itinerário de Deus, então Moises é realmente um evento fundante, essa libertação do povo do Egito, isso vai constituir, o povo de Israel a sua identidade, todos os anos a celebração da páscoa, eles fazem a narrativa desta libertação, a gadar de pesar, a pascal em que as famílias judia se reuni todos os anos para celebrar e narrar, a salvação que veio através da libertação de Israel, aquela noite, a noite da libertação. Nos cristão vamos pegar isso por, digamos assim, uma profecia da noite de nossa salvação que foi a noite da páscoa. Não sei se vocês assistiram aquele filme do mel Gibson. Existe logo uma cena inicial, quando Jesus e preso, no horto das Oliveiras e o evangelistas são João, o jovem apostolo João entra exasperado no quarto onde estava a virgem santíssima e Maria madalena, antes de João ir romper, Maria acorda assustada, é incessante que o cineasta coloca aquilo de, os soldados golpeiam Jesus e Maria de acorda, como se o golpe em Jesus tivesse Du ido nela, ela acorda assustada, e Maria então diz uma frase, que é uma frase ritual da páscoa judaica. Aquela atriz, ela é judia praticante a atriz que fez o papel da virgem Maria no filme do mel Gibson, ela é judia praticante, e foi ela em que sugeriu i próprio roteiro do filme. Ela vai acorda assustada e então faz a pergunta, que na ceia judaica que faz é uma criança: porque que está noite é diferente, de todas as outras noites? Todas as outras! Então Maria madalena responde, porque nos éramos escravos no Egito, e o Senhor nos libertaram! Aquela libertação da escravidão do faraó no Egito, para nos cristãos e lida como sendo uma figura no antigo testamento da libertação que acontecerá conosco no, novo testamento quando Jesus morrer na cruz e nos libertar do Diabo, ou seja, a imagem do faraó que escravizava o povo é interpretada pelos cristãos como sendo a imagem de satanás que nos escraviza nos nosso pecados e ai, somos libertados. Porque que faço questão de colocar essa interpretação, e é interpretação tradicional da Igreja, porque infelizmente existe, todo um esforço da teologia da libertação, de esvaziar esse evento do seu significado espiritual. Não sei se vocês conhecem aquela chamada bíblia edição pastoral, que é publicado pela paulus. Bom to citando essa bíblia como sendo, um exemplo claro daquilo que a teologia da libertação faz com relação a libertação do povo de Israel no Egito, peque essa bíblia e leia la no inicio, você não precisa ler grandes coisas não, leia somente os títulos daquilo que está no livro do êxodo, os subtítulos que estão no livro e de uma olhadinha nas notas de roda pé, todo o evento de libertação de Israel do Egito é lido como sendo uma cartilha de libertação marxista, uma luta de classes. Começa a luta, as pragas do Egito não são lidas como uma intervenção de Deus que liberta o seu povo, mais são lidas como algo que nasceu da luta do povo, entende? Então eles esvaziam o evento da libertação do Egito como sendo a máxima libertação política. O cardeal ratzinger, num escrito, o livro o nome, Deus Igreja e ecumenismo eu acho, alguma coisa que parecida com isso. Exista la naquele livro um capitulo em que ele fala da antropologia e da teologia da libertação, e ele mostra como o evento do êxodo, a libertação de Israel do Egito é considerado pelos os teólogos da libertação como um evento Maximo de libertação, por que? Porque ali nos temos o que? Temos um acontecimento de libertação política que é exemplar pra eles, para a libertação política que eles pretende realizar na America latina. Só que o cardeal Ratzinger diz isso não tem cabimento, por varias razões, primeiro porque o evento do êxodo de persi nele mesmo, ele não é só um evento político, mais ele é uma intervenção Divina, a libertação do povo não acontece por uma iniciativa do povo, não é o povo que se organiza em sindicatos, faz greves e se liberta do faraó, não é uma classe de trabalhadores de proetários que luta contra o seu patrão, nada disso! Segunda coisa, porque mesmo olhando para a libertação que aconteceu no antigo testamento, nos cristão nunca consideramos aquela libertação do êxodo como sendo libertação definitiva e verdadeira, por que? Porque aquilo la era um sinal, uma sombra, um inicio da libertação verdadeira que viria em Jesus Cristo, a libertação espiritual que acontece quando nos somos libertados do Demônio, vejam que isso daí é muito importante, agente considerar isso. Quando Jesus nos libertou ele nos libertou do Demônio. Os nosso teólogos liberais atuais eles tendem a esvaziar essa coisa do Demonio, não demônio não existe, o demônio é gênero literário é a personificação do Mal, e principalmente o pessoal da teologia da libertação, ai que pra eles o demônio não existe mesmo, o demônio pra eles é o sistema capitalista, o demônio pra eles é a opressão do sistema, pra eles isso que é o demônio, não existe demônio enquanto anjo decaído. Então eles vão e esvaziam completamente a realidade do demônio, e assim a libertação que Jesus realiza é uma libertação mundana. Mas veja que quando agente duvida da existência do demônio quando agente não crê na existência do demônio, existe conseqüências gravíssimas pra nossa fé, crê que o demônio existe não é um adereço da nossa fé cristã, não é um babado, não é uma coisa que agente tem ai só pra enfeitar, não! Por que? Porque se o demônio não existe Jesus nos libertou de que? Hora toda a tradição cristã, e não somente isso, a sagradas escrituras nos falam dessa libertação do demônio, o próprio Jesus diz isso. Existe um dito de Jesus, uma frase de Jesus que os biblistas, os mais criteriosos biblistas dizem, olha isso daqui só pode ter saído da boca do Jesus histórico, que dito é esse? não sei se vocês se lembram de uma controvérsia de Jesus com os fariseus, naquela controvérsia Jesus é acusado pelos os fariseus, olha esse sujeito ai ele está expulsando o demônio com o poder do próprio demônio, vejam Jesus poderia ter escapado dessa acusação dos fariseus muito tranquilamente, se colocando ao lado dos saduceus, lembre-se que os saduceus não acreditavam na existência de anjos e demônios, então se Jesus não acreditasse na existência de anjos e demônios ele poderia ter dito para os fariseus, olha deixa de ser bobo eu não expulso demônio com o poder do demônio porque demônio não existe, Jesus poderia ter dito isso, mais não disso isso, Jesus escolheu o caminha mais difícil, ou seja, ao invés de se colocar ao lado dos saduceus e dizer que os demônios e anjos não existem, Jesus escolhe o caminho mais difícil de argumentação e diz, não! De fato os demônios existem. Mas se eu o expulso os demônios, com o Espirito Santo, com o dedo de Deus, então reino de Deus chegou entre vos. O grande exegeta, Joaquim Jeremias, não sei se você já ouviu falar desse exegeta, é uma exegeta protestante. O que é exegeta? Exegeta é um sujeito que dedica a vida a estudar a bíblia, então ele é um grande estudioso da bíblia. Ele passou a vida investigando o novo testamente para descobrir quais são aquelas passagem no novo testamento que nos temos garantia absoluta que saíram da boca de Jesus. Essa passagem essa controvérsia de Jesus com os fariseus falando que ele expulsa o demônio com o dedo de Deus, Joaquim Jeremias não tem duvida, isso saiu da boca de Jesus histórico, isso é real, isso não foi invenção da comunidade, não foi uma inspiração posterior dos apóstolos, nada disso, isso saiu de Jesus! Jesus interpreta a sua missão como sendo uma derrota contra satanás. Agora vocês sabem muito bem que existem teólogos e até padres bastante famosos que estão ai na mídia que negam a existência do demônio. Como por exemplo, o padre, Oscar Quevedo, veja eu não questiono minimante a competência do padre Quevedo em termos de parapsicologia, como parapsicólogo eu tiro o chapéu pra ele, é um grande parapsicólogo, o problema do padre Quevedo é quando ele começa a fazer teologia, quando ele pega a ciência dele que é a parapsicologia, e faz dessa ciência uma fonte teológica, um fonte de conhecimento teológico, ué o que você é capaz de produzir com isso? Iluminismo somente isso! A fonte do nosso conhecimento não é a ciência a fonte de nosso conhecimento em Deus é a revelação, é isso que nos estamos estudando aqui o catecismo, no catecismo nos estamos estudando a revelação de Deus, a revelação de Deus se dá através de Jesus cristo, então nos sabemos como as coisas são não por raciocínio científico, sabemos como as coisas são, porque Deus nos revelou como as coisas são através de Jesus Cristo. Então o padre Quevedo vai La e faz contorcionismo exegéticos, vai la no antigo testamente e mostra que no antigo testamento não existe nenhuma afirmação a respeito do demônios. Tudo bem! Mais só colocar o padre Quevedo numa posição ainda mais complicada , porque é o seguinte, como é que você explica que em todas as coisas, o antigo testamento é imperfeito, e o novo testamento é a plenitude da revelação. Mais no campo do demônio é exatamente o contrario. Ou seja, nos vemos que no antigo testamento, anjos e demônios quase não aparecem, é exatamente por isso que os saduceus não acreditavam na existência de anjos e demônios, porque de fato no antigo testamento eles quase não aparecem. Mas derrepente no novo testamento com Jesus existe um explorosão de demônios, ou seja a presença constante deste adversário contra o qual Jesus embate, e que não é uma idéia, não é um sistema, mais é um tu, ao qual Jesus se refere, qual o qual Jesus fala, Jesus fala com o demônios, saia, cala e sai. Jesus se refere a ele como um tu, como verdadeira pessoa. Então existe algo ai de muito estranho. Quando os bons exegetas nos mostram que, historicamente, a certeza absoluta que Jesus, cria na existência dos demônios, como é que Jesus, nosso Senhor Jesus cristo, iria errar numa matéria tão grave e tão importante? Não foi uma criação da comunidade primitiva, basta estudar la, Joaquim Jeremias, você vê claramente o Jesus histórico, cria, nessa realidade, e ele definiu a sua vida como um combate contra o demônio. Bom , você está vendo que eu estou gastando esse tempo nesta aula, em que eu estou falando aqui a respeito de Deus que forma o povo de Israel, para explicar um pouco a natureza da libertação realizada por cristo, por quê? Porque o catecismo fala desta libertação que aconteceu através de Moises, está libertação de Moises ela é usada politicamente, pela a teologia da libertação, que, quer esvaziar o conteúdo da sagrada escritura e transforma numa mixorda política, a igreja nunca fez isso, e nunca aceitou isso! Aquela libertação la do antigo testamento, ela é um sinal, uma sombra da verdadeira libertação que acontecerá com Jesus cristo mais tarde, em que ele vence o demônio e é ai que nos vemos que Jesus realiza aquilo que avia sido, profeticamente anunciado em Moises. Deus quando fala pra Moises diz: Eu Sou o Deus com vocês, ou seja, Eu Sou aquele sou, estou ai com vocês, ou seja, Eu Sou, Emanuel, é o que Jesus será. Assim como Deus desce, e ouve o clamor do povo para libertá-lo, Deus em Jesus Cristo realiza isso plenamente descendo se encarnando para nos libertar, já não de um faraó, mais para nos libertar verdadeiramente da opressão do inimigo. Então vejam, que aqui no ato em que é constituído o povo de Israel, em que o povo de Israel é feito, é elaborado nesta libertação do Egito, neste ato fundacional, nos também já vemos algo de fundacional do próprio cristianismo, por isso a festa principal para os judeus, a páscoa, a festa principal para nos cristão é a páscoa igualmente, ou seja uma era a sombra da antecipação da realidade que veria depois em Jesus cristo. Bom as coisas não para com Moises e o catecismo também não para aqui. No n°63 o catecismo nos recorda que esse povo de Israel, exatamente porque ele é um povo eleito, separado das outras nações, ele é um povo, sacerdotal, ou seja, ele de alguma forma é intermediário, é um povo que é intermediário entre Deus e os outros povos, e isso vai se tornando cada vez mais claro, na historia de Israel atreves dos profetas. Nº64 fala exatamente disto, como Deus vai melhorando o seu relacionamento, vai revelando cada vez mais, até que ele chegará na plenitude dos tempos e vai se revelar me Jesus Cristo. Então é importante você recorda isso, que a revelação do antigo testamento, ela é imperfeita e ela é gradual, Deus vai gradualmente trazendo o povo para esta realidade que vai prepará-los para receber o salvador Jesus cristo. Então o povo de Israel é digamos este tubo de ensaios, uma metáfora evidente. Agora, eu queria dizer uma coisa bem importante, esta missão de Israel ela não é algo que foi totalmente abolida, ou seja o povo de Israel ainda hoje é povo eleito de Deus. agora o que acontece, Deus elegeu esse povo privilegiou esse povo, portanto o povo privilegiado por Deus não é o povo brasileiro, apensar de nos brasileiro dizer: a Deus é brasileiro, não! Deus não é brasileiro, Deus é Judeu! Ou seja o povo privilegiado por Deus foi o povo Judeu, e esse privilegio, digamos assim, eles tem isso até hoje. Só que acontece o seguinte, este povo escolhido por Deus, este povo amado e escolhido por Deus, para ser o povo através do qual nos seria dado o Messias, não aceitou a fé, não aceitou Jesus. Então é ai que nos temos um novo povo de Deus, um novo povo Israel, Jesus vem para, digamos assim, reformular Israel desde de dentro, e a Igreja então é o novo Israel, é o verdadeiro Israel de Deus. mais isso nos vamos ter tempo de ver quando nos falarmos mais da Igreja. O fato é que o catecismo, nos diz que: nesta expectativa que o povo de Israel Deus foi preparando para receber a aliança plena com Jesus cristo através da esperança. O nº64 se concluir também recordando a ação das santas mulheres, faz uma lista bonita de Mulheres que exerceram algo importante nesta grande historia de salvação, e está mulheres todas apontavam para a figura de uma outra mulher que viria, que é a virgem santíssima a virgem Maria.
12_Cristo Jesus - Mediador e Plenitude de toda a Revelação
VI AULA – PARTE I
Nos estamos estudando a primeira parte do Catecismo que fala que profissão de fé, estamos no capitulo que fala da Revelação de Divina Capitulo Segundo: Deus vem ao encontro do Homem. Artigo primeiro é a revelação de Deus, nesse artigo da revelação de Deus tem três Partes. Deus Revela seu Projeto Benevolente, que agente já viu. As etapas da revelação, também já vimos que é a toda parte do Antigo Testamento, e agora então finalmente chegamos ao novo testamento, chegamos e Jesus. Estamos no nº65 do Catecismo. Cristo Jesus Mediador e Plenitude de toda a Revelação.
Eu havia dito pra vocês que esta parte aqui do catecismo, ela segue muito de perto a constituição Dogmatica do concilio vaticano II, chamada Dei Verbum, a Dei Verbum, é um primor, é um Dom de Deus para a Igreja é uma beleza, e exatamente o titulo aqui, nos temos aqui, aquilo que é o centro da Dei Verbum. Jesus é Mediador e Plenitude de toda a revelação. Vejam a importância disso aqui que nos temos no concilio vaticano II. Antigamente, antes do concilio vaticano II, a teologia Catolica, tinha uma tendência de pensar a revelação, em termos intelectuais, ou seja, a revelação Divina eram um conteúdo, uma serie de Dogmas de ensinamentos que eu tinha que aprender e decorar no catecismo. Com o vaticano II, ouve uma mudança, um enriquecimento, nos começamos e nos demos conta que não é somente isso, é isso também, mais existe uma beleza, maior uma profundidade maior por trás, porque a revelação não é uma serie de dogmas, a revelação é uma pessoa. Os dogmas são a respeito dessa pessoa, não tem duvida nenhuma, mais a revelação é uma pessoa. Ai o pessoal do contra vai, chegar e dizer o seguinte, ta vendo padre Paulo, eu sabia, sabia que o concilio vaticano II, era revolucionário, que o concilio mudou a nossa fé, ta vendo o senhor mesmo ta dizendo que antes, agente acreditava numa coisa, agora agente acredita em outra. Para lá! Pode parar! Não é isso que eu to dizendo, pra entender que não é isso que eu to dizendo pode voltar, e ler e confirmar o seguinte: eu disse que na teologia, ouve uma mudança, não no dogma, não sei se você está lembrado da diferença entre o dogma e a teologia. Vamos explicar, vamos lembrar mais uma vez, para não haver confusão. O Dogma é algo que todo cristão, todo católico deve crer, e o dogma é o mesmo ontem hoje e sempre a Dois Mil Anos (2000), é o deposito da Fé, é aquilo que está contido na sagrada Tradição, e na Sagrada Escrituras, é La que está o nosso deposito da Fé, interpretado pelo o Magistério da Igreja. Portanto isso daqui é algo que você tem que aceitar, a fé da Igreja de sempre! Não vai existir um Papa que vai chegar com uma novidade, algo que ninguém jamais creu, e agora derrepente vamos ter que crer. Não! Isso não vai acontecer! O que é fé católica? A fé católica é aquilo que sempre foi crido sempre, em todos os lugares, por todos os Grandes Doutores, os Santos da Igreja. Todos os santos cria nisso e é nisso que eu creio também. Então sempre em todos os lugares e todos os santos. Esse é o critério de nossa fé. Muito cuidado com a tendência atual, de deixar de aborda a fé dessa forma católica. O que, quer dizer a palavra católica? Quer dizer conforme o todo. E o que é esse todo? É a Fé de sempre! É a fé de todos os lugares, é a fé de todos os grandes santos Doutores. Essa é a fé que somos obrigados a acreditar. Hoje em dia qual é a tendência? A esta é a fé da igreja na America latina, hoje. Não! Para. Não me interessa se ela é hoje, me interessa a fé de sempre, não me interessa se ela é na America latina. Me interessa em todos os lugares. Se não, não fé da Igreja, se só vale para a America latina, então não é a Fé católica! Você ta fundando uma outra coisa. Se é a fé somente de hoje, então não é a fé católica. Ou seja, a fé de sempre, a fé de todos os tempos, de todos os lugares, e de todos os santos Doutores. Então, isso é o Dogma. O Dogma é aquilo que foi crido, sempre, em todos os lugares, por todos os santos Doutores. Agora, o que é que acontece, acontece que também existe teologia. Existem coisas que, por exemplo, santo Agostinho ensinou, e que só ele ensina, eu não posso dizer que, a sinfonia patron., ou seja, as sinfonias de todos os santos padres estavam em harmonia, e estavam dizendo a mesma coisa, não! Tem coisas que ali é opinião de Agostinho, que eu respeito que eu venero Agostinho não é herege. Mais é uma opinião teológica dele! Ta entendendo? Existe opiniões teológicas, que as vezes eu considero mais rica, e as vezes menos ricas. Então além do dogma que todo mundo tem que acreditar, existe a expressão teológica, o que é expressão teologia? É a Fides Quereins Intelectum, ou seja, a fé que busca a intelecção, que busca a compreensão. Por exemplo, santo Agostinho quando ele fala na fé na santíssima trindade, nos temos que acreditar porque ele está expondo a fé de sempre, de todos os lugares e de todos os santos doutores. Depois que ele expois a fé na santíssima trintadade, começa a explicar teologicamente essa fé, ai ele faz um tratado: detrinitate, onde ele explica uma analogia, trindade e intelecto humano, etc. isso daqui é teologia, isso não é dogma. Você não vai encontrar aqui no catecismo esse ensinamento de Agostinho, fazendo analogia entre o pai o filho e o espírito santo, e as faculdades da mente humana. Você ta entendendo? Você não vai encontrar isso, por que? Porque isso é teologia de Agostinho não é a fé. Então a mesma coisa aqui, eu estou dizendo, que a igreja ela sempre creu, sempre teve fé no fato, de que Jesus cristo é o mediador, e é a plenitude da revelação. Acontece que, a teologia de antes do vaticano II, era uma teologia que estava influenciada pelo intelectualismo da manualística, ou seja uma intelectualismo de fazer uma abordagem da fé, muito intelectual abstrata, então exatamente por isso se pensava que revelação era o que? Era um livro onde tinha ali uma lista de dogmas que eu preciso crer, uma lista de conteúdo intelectuais. Só que revelação não é isto, ou pelo menos não é principalmente isso. A revelação é uma pessoa, quando Deus quis se revelar ele se fez homem. Então Jesus se revela enquanto pessoa viva, real e concreta, histórica que vive ainda na sua Igreja! Que é o seu corpo. Bom vamos ver isso. Primeira frase do nº65 é, a abertura extraordinária da carta aos Hebreus, também a constituição Dogmática Dei Verbum usa esses versículos aqui para falar da revelação.
65 "Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho" (Hb 1,1-2).
Deus falou antigamente outrora, aos pais pelos profetas; agora nestes dias que sãos os últimos(nos já estamos nos últimos dias faz Dois mil anos, estamos vivendo os últimos dias a Dois mil anos.) Nos estamos nos últimos dias da humanidade, porque Jesus veio ao mundo e trouxe o projeto salvifico definitivo, nos não estamos esperando mais uma fase da historia da humanidade, já estamos naquilo que nos vamos alcançar dentro da historia. Nestes dias que sãos os últimos, falou-nos por meio do Filho. Que beleza, ele falou-nos por meio do filho. Continua o catecismo..
Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai.
Essa mesma abordagem intelectualista da revelação que nos na teologia católica, tínhamos antes do concilio, essa mesma abordagem intelectualista também se encontra bastante presente, na visão protestante. Os protestantes consideram a revelação como um livro, a palavra de Deus é um livro. Nos sabemos que a palavras de Deus não é um livro , a palavra de Deus é uma pessoa. A mais os protestante também admitem que Jesus é palavra de Deus, sim, não to dizendo que eles não crêem nisso. Mais é que na teologia deles, a tendência deles é considerar a bíblia como a palavra de Deus, e acabou, a palavra de Deus é um livro, a palavra de Deus não é um livro é uma pessoa. Se você se lembrar disso, a bíblia vai ocupar um segundo lugar, a bíblia não vai ta no centro, do jeito que eles fazem, entende?.
Nele o Pai disse tudo, (pronto acabou não tem mais nada pra dizer, o pai disse tudo!) e não há outra palavra senão esta.
Ai vem esta citação de São João da Cruz, da subida do monte Carmelo, que os redatores do catecismo, tiraram da liturgia da horas, do breviário, se você for la no seu livrinho da liturgia das horas no volume numero um, na segunda feira da segunda semana do advento você vai encontrar esta citação, da subida do monte Carmelo de são João da cruz, la você tem o texto, mais extenso. Ele diz assim:
Apartir do momento em que nos deu seu filho, que é a sua única e definitiva palavra, Deus nos disse tudo de uma só vez. Essa é a sua palavra e não tem mais nada a dizer.
Deus não tem novidades pra nos dizer, já disse tudo em Jesus. A palavra de Jesus é essa palavra prevê compêndiosa que numa palavra só ele diz tudo. A palavra de Deus é bem preve: Jesus.
E são João da cruz diz, o seguinte: se atualmente portanto, alguém quiser interrogar a Deus, pedindo-lhe uma visão ou revelação, não só cairia numa insensatez, mais ofenderia muito a Deus por não dirigir os olhares unicamente para cristo, sem querer outra coisa ou novidade alguma. Então as vezes agente quer que Deus apareça, conta pra gente coisas, novidades etc. isto ofende a Deus, o que ele tinha pra dizer ele disse em Jesus. Mais ai você vai pergunta mais padre, e as aparições? As aparições da virgem Maria, que conta segredos, que fala... Calma, calma, nos vamos tratar disso depois. Mais uma dos indícios de que uma aparição é verdadeiramente de Deus, é exatamente o fato que ela não traz novidade nenhuma. Se a virgem Maria aparecer com uma grande novidade, que Deus nunca disse, que nos nunca ficamos sabendo, saiba, não pode ser a virgem Maria. Não vai ter outra revelação, e esse é o tema, do numero 66. Em diante. O nº 66 diz assim: trata-se de uma sitação da Dei verbum, nº4. Então olhem nos estamos aqui lendo o concilio vaticano II.
CIC.66 "A Economia cristã, portanto, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Precisamos explicar, isso que a Dei Verbum está dizendo, enquanto linguagem técnica. Vamos la. Ta entendendo que aula de catecismo é pra isso, é pra entender o catecismo. Então Economia Cristã. Tava prestando atenção nas aulas passadas? O que é Economia com E maiúsculo? Vamos la procura ai na memória. Economia com E maiúsculo quer dizer o que? Aquilo que Deus faz para nos Salvar. É a ação de Deus neste mundo. Existe Deus, nele mesmo, la na Santíssima Trindade, na Gloria eterna, o Pai e o Filho e o Espírito Santo, na felicidade eterna, isso é fora da Economia. Economia é quando Deus se rebaixa, e digamos assim e “suja” as mãos nesse mundo e faz alguma coisa pra nos salvar. É o dono da casa que Governa a sua casa. Isso é Economia com E, maiúsculo. Muito bem. A Economia do antigo testamento era uma Economia provisória, ou seja, o que Deus fez para salvar o seu povo no antigo testamento era algo que ele, foi trazendo seu povo, foi conduzindo pedagogicamente, lentamente tudo aquilo que ele revelou, e ele não lhes disse nada. Deus não desfez nada, Deus não desfaz alianças, Deus não volta atrás arrependido daquilo que ele fez, não! Só que aquilo que ele fez, era no inicio ainda pedagogicamente incompleto porque, assim como uma Mãe, se reclina no Berço da criança e se faz criança com ela pra que a criança compreenda o seu amor, assim fez Deus também. Como diz a revelação do profeta Oseías, quando Israel era menino, eu o conduzir pela mão, como quem ensina uma criança a andar, eu era para ti como quem eleva a criança na altura do rosto. Você já viu essa sena bonita? Do Pai ou da Mãe que, eleva a criança na altura do rosto, e o rosto da criança se ilumina, cheia de felicidade porque ta vendo o rosto da Mãe. Assim Deus fez no antigo Testamento. Agora, com Jesus as coisas ficaram definitivas, não tinha aquele caráter pedagógico de provisoriedade. Então a Economia cristã, como aliança nova e definitiva ela jamais passará. A Dei Verbum diz isso. Porque na historia da Igreja já aconteceu varias vezes de Hereges proporem uma terceira fase na Economia, e a mania de ler a historia em três fases. Então haveria uma primeira fase, O Antigo Testamento, que Foi a Época de Deus Pai, uma segunda fase, do Novo Testamento que foi que foi a época de Deus Filho. E haveria ainda, pra começar uma terceira fase, a fase do Espírito Santo, em que haveria uma nova Igreja, uma nova Economia, uma nova forma de Deus agir nesse mundo. Essa é a terceira fase. Essa coisa de ler a historia da humanidade com três fase, é uma heresia. Concretamente isso fez bastante sucesso durante a Idade Media, com um monge Italiano no Sul da Itália, chamado Joaquim de Fiori. Joaquim de Fiori, ele achava isso, que houve uma época em que havia a fase de Jesus, nessa fase de Jesus quem é que mandava os bispos. Agora haveria nova fase espiritual em que, quem vai mandar não são os bispos, mais são os homens carismáticos, os homens cheios do Espírito Santo. E então com esta nova fase, o espírito Santo, quem ira realizar a obra da redenção. Essa coisa na verdade, tem uma raiz mais antiga ainda do que, na idade media nos encontramos no montanismo, não sei se você já ouviu falar desta heresia, logo no inicio do Cristianismo. Exclusive Tertuliano que teve uma fase católica, e por isso nessa fase católica, ele é considerado como escritor eclesiástico bom! Tertuliano depois terminou caindo no montanismo. Tertuliano na verdade teve três fases na vida dele, uma que ele era católica, outro que ele era montanista, e outro que ele era tertulianista, ou seja, ele reinventou a sua própria heresia.
Montano, quem era montano? Montano era um sujeito que dizia que ele era, o paraclito, o espírito Santo prometido. Jesus não disse: eu enviarei o paraclito? Muito bem. Montano chegou e disse, olha aqui sou eu! Então ele tinha essas profetizas, carismáticas etc. todas mulheres que o seguiam, e que anunciavam esse novo reino, essa nova Economia essa nova forma, salvadora. Isso foi uma das razões pelas quais, no inicio da Igreja, o magistério, ou seja, os bispos perseguiram muito, as expressões carismáticas, estas profecias, e pessoas “iluminadas” místicas etc. por que? Porque muitas vezes esse pessoal que falava muito de espírito santo era tributário da heresia montanista, então pra combater a heresia os bispos então bloquearam bastante as manifestações carismáticas dentro da Igreja. Devemos dizer que esse perigo não é que esteja completamente afastado de nos hoje em dia. Existe um livro formidável, assim de grande cultura escrito pelo cardeal Henri de Lubac, é o padre Henri de Lubac, Jesuíta que foi perito no concilio vaticano II, ele escreveu um livro que em espalhou se não me engano, ta publicado em dois volumes, chama-se: a Herança Espiritual de Joaquim de Fiori, onde ele mostra, analisa o pensamento de Joaquim de fiorino, mostra que esta mania de ler a historia de três fases, isto daí fez sucesso, que até Marx por exemplo ler a historia desta forma. Até augusto contico, positivismo, ler a historia desta forma, em três fase. E que portanto, existe hoje em dia no cristianismo, essa tendência, que é herética. Vejam, quando alguns teólogos, propõem que haverá uma fase em que nos iremos instaurar o reino de Deus aqui na terra, dentro da historia, ta propondo o que? Uma nova fase. Então quer dizer que isto que nos vivemos hoje não é definitivo, ta entendendo? Então havia o antigo testamento, veio Jesus cristo, essa época da Igreja, mais haverá uma nova fase, irá chegar um novo dia uma nova terra, um novo céu, um nova mar... então os oprimidos em liberdade vão cantar, vão chegar a terra sem males, aqui nesse mundo, ainda aqui nesta terra. É uma nova fase. Então vejam que cai na mesma dificuldade de Joaquim de Fiori, cai nesta visão de Joaquim de Fiori, de que alguma forma, aquilo que nos vivemos hoje, e aquilo que a Igreja vive ainda é imperfeito e que isso passará. Pois não, o catecismo, diz com toda clareza, e o concilio vaticano II diz, na Dei Verbum com toda clareza, não passará! Não vai ter paraíso aqui na terra, não! Não vai ter utopia aqui na terra, não! O que nos temos aqui já é definitivo. Agora quando acabar a historia, isso é outros outros quinhentos, ai se trata fora da historia, fim dos tempos! Acabou, o tempo, já não mais neste mundo, ai virão, novos céus e nova terra, porque o antigo céu e a antiga terra passará. Mais isso é fora da historia, já é na eternidade, não sei se dá pra entender. Então dentro da historia, é isso que nos estamos vivendo hoje, não vai passar.
66 "A Economia cristã, portanto, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Então haverá uma manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo! Isso é uma outra coisa que os teólogos liberais tem insistido de uma forma absurda. Dizendo, não Jesus não vai voltar coisíssima nenhuma, isso é uma metáfora, isso daí é só, figura de linguagem, Jesus não volta, o que nos temos que fazer é o reino de Deus aqui na terra. Ta pra entender que novamente nos estamos aqui amarrados com a bendita, esperança Marxista. A teologia da esperança de Jurgen Moltmann, em que se espera ainda aqui na terra alguma coisa, uma espécie de Judaísmo, como se nos tivéssemos ainda no antigo testamento, somos uma Economia imperfeita, e estamos esperando alguma coisa que vai vim melhor aqui nesse mundo. Não tem! Não haverá! Então o que vai vim? O que vem é Jesus, ele vem! Na sua manifestação gloriosa, a primeira manifestação de Jesus, foi na humildade, ele veio humildemente na carne, numa forma de servo, diz o segundo capitulo de Filipenses ele vira depois na gloria, revestido de majestade, para encerrar, essa historia. Então antes do encerramento da historia, nos não temos que esperar mais nenhuma revelação. Agora cuidado, vamos aprender a linguagem, técnica do nosso catecismo. Nenhuma revelação publica, publica. Qual é o contrario de revelação publica? Se você, vira a pagina, no nº67, fala de revelações, privadas, e é das revelações privadas que nos vamos falar depois do intervalo. Então o contrario de publica é privado. O quer dizer isso?publico concretamente, revelação publica, é aquela revelação que todo católico precisa crer, isso é revelação publica, ta no deposito da Fé. Então se você negar essa revelação publica, você é um herege! Você como católico, você precisa crer nessa revelação publica, está no deposito da fé. Então você deve dar, a revelação publica, fé divina e católica, ou seja, uma fé que é dom de Deus, e católica no sentido que deve ser plena, inteira. Já as revelações privadas não, você não precisa da fé divina e católica a elas, mas você da uma fé humana, e é isso que nos vamos aprender na próxima aula.
13_Não haverá outra Revelação
VI AULA – PARTE II
Nessa segunda parte nos estamos vendo Jesus Cristo mediador e plenitude de toda revelação. Vimos que Deus tudo disse no seu verbo, e vimos que não haverá outra revelação, nº66 do catecismo.
Nos agora passamos para, o nº67, onde nos vamos falar das revelações privadas.
Antes de passar para o nº67 eu gostaria de terminar o nº66, onde ele diz assim:
Todavia, embora a Revelação esteja terminada, não está explicitada por completo caberá à fé cristã captar gradualmente todo o seu alcance ao longo dos séculos.
Então isto daqui é uma coisa importantíssima que nos iremos estudar mais pra frente, no nº94, que é o crescimento na compreensão da fé. Isso é um dificuldade que as pessoas tem, por exemplo, acham que qualquer progresso dentro da Igreja é uma tragédia, não! Não é isso. A porque na igreja quanto mais antigo melhor. não é verdade. Por exemplo existem coisas, na teologia atual onde nos compreendemos melhor, mais e melhor, do que se compreendia a Mil anos atrás , a fé é a mesma, a revelação ela é a mesma. Só que embora a fé seja a mesma, e a revelação seja a mesma, existe a compreensão, não está explicitada por completo. Então vamos usara a metáfora, a própria metáfora que Jesus usa, no evangelho, ele diz que o reino dos céus é como um pai de família, que do seu Baú, consegue tirar coisas novas e coisas velhas. Então essa idéia do deposito, do baú, do deposito da fé, deposito. Quem é ministro da comunhão, sabe onde você carrega a hóstia que se chama teça. Teca é um lugar onde se guarda alguma coisa. Parateca, parafeque, é o deposito da fé. Então é o Baú onde você guarda as coisas que a Igreja crê!
Muito bem, o que acontece, o Baú é sempre o mesmo, as coisas reveladas por Deus são sempre as mesmas, a Igreja não vai inventar novidade. Mas... existe épocas em que certas verdades ficam esquecidas, elas estão la. A igreja sempre crê nelas, mas parece que elas ficam no banco de trás do carro, como que se agente tivesse um certo esquecimento. E em outras épocas, aquilo que estava no banco de trás e trazido pra frente e ali parece que agente começa compreender melhor. por exemplo, eu não tenho duvida nenhuma, de que santo tomas de Aquino tem uma compreensão da fé, em certos aspectos muito mais aprimorada do que santo Agostinho. Por quê? Porque, rodou água de baixo da ponte, entre santo Agostinho e santo tomas, e então surgiram problemas, a compreensão Cristã, os cristãos tiveram que se emprenhar, tiveram que se esforçar pra compreender as coisas, para saber. Então há um aprofundamento na compreensão, não sei se você ta entendendo isso. Eu não estou dizendo que é um invenção, mais é uma compreensão, a Igreja vai adquirindo clareza maior, e até mesmo o magistério e as definições dogmáticas ajudam nisso. Por exemplo, até o século XIX, antes da proclamação do dogma da imaculada conceição, havia dentro da Igreja uma compreensão as vezes imperfeita daquilo que era cria, havia até escolas teológicas que discutiam entre si. Os franciscanos que eram os paladinos da imaculada conceição, que proclamavam esse dogma e devoção a imaculada conceição, e os dominicanos, por exemplo que achavam que a virgem Maria não era imaculada. Ora dentro do deposito da fé da Igreja a virgem Maria foi sempre imaculada. Mas, ainda não havia uma clareza a coisa tava meio ainda na penumbra. Ora com Pio IX, chega-se a essa clareza, e ai Igreja então proclama, Infalivelmente o dogma da imaculada conceição, e acabou! Não tem mais o que se discutir, nos explicitamos com maior clareza aquilo que a Igreja sempre creu durante Dois Mil Anos(2000). Então existe sim uma evolução, mais um evolução da compreensão.
Bom resumindo do que foi dito até agora, revelação publica, só existe uma é o deposito da fé, Jesus cristo é a revelação, ele é a pessoa que revela, o Pai. Então é na pessoa de nosso Senhor Jesus cristo que está tudo aquilo que Deus tinha pra dizer, e não vai ser acrescentado mais nada. Agora, nos já compreendemos essa pessoa? Entende. Ou seja nos já tivemos condições de penetrar em toda riqueza daquilo que foi revelado, em cristo Jesus? Ai que fica a nossa pergunta, ai que ta a grande dificuldade, nos temos que admitir, a riqueza enorme da revelação divina em Cristo Jesus, é algo que nos podemos viver até os fins dos tempos e não vamos exaurir tudo.
67 No decurso dos séculos houve revelações denominadas "privadas", e algumas delas têm sido reconhecidas pela autoridade da Igreja. Elas não pertencem, contudo, ao depósito da fé. A função delas não é "melhorar" ou "completar" a Revelação [fca49] definitiva de Cristo, mas ajudar a viver dela com mais plenitude em determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o senso dos fiéis sabe discernir e acolher o que nessas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou de seus santos à Igreja.
A fé cristã não pode aceitar "revelações" que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação da qual Cristo é a perfeição. Este é o caso de certas religiões não-cristãs e também de certas seitas recentes que se fundamentam em tais "revelações”.
Muito bem, vamos começar do fim, só pra deixar as coisas mais claras. A fé cristã não aceita revelações que pretendam ultrapassar ou corrigir a revelação cristã, a revelação da qual cristo é a perfeição.
Do que o catecismo ta falando aqui? Ele fala de forma velada, de que? De religiões não cristã, está falando claramente o que? Do Mulçumanos, por exemplo. Os mulçumanos crêem que a revelação anterior de cristo era só uma preparação, e que a revelação verdadeira veio através do alcorão, de Maomé , e que portanto no alcorão se corrige certas coisas que foi reveladas em Jesus, que outra realidade estamos falando aqui? Também certa seitas recentes. É por exemplo o caso dos mórmons. Os mórmons eles acreditam que existe o livro de mórmon, e naquele livro, estão reveladas coisas, que são o terceiro testamento, que aperfeiçoa. Foi revelado em Jesus Cristo, novo testamento. Então eles aceitam o antigo testamento, aceitam o novo testamento, mais tudo isso foi aperfeiçoado pelo o livro de mórmon, ta entendendo? Então os mórmons são essa realidade. Então essa revelação que aperfeiçoam Jesus, nos cristãos não podemos aceitar. Mais o que nos podemos aceitar? Nos podemos aceitar que existem revelações privadas, que fieis receberam. Vamos pegar um exemplo bem concreto. As revelações de Fátima. Três pastorinhos la na cova da iria em Portugal 1917, apartir do dia 13 de Maio de 1917, viram a virgem Maria do rosário, nossa senhora do rosário de Fátima, e ela revelou pra eles uma serie de coisas. São revelações, essas revelações privadas são conhecidas popularmente por sendo os segredos de Fátima. A virgem Maria por exemplo previa o fim da guerra, e o inicio de uma nova guerra, a segunda guerra mundial, coisa que para aqueles pobres pastorinho, la era praticamente impossível, eles preverem isso humanamente falando. A virgem santíssima falava a Rússia que iria espalhar os seus erros. Ora os pastorinhos não faziam idéia o que fosse Rússia, não faziam mínima mente idéia, pensavam que eram uma mulher, um nome de uma mulher. A Rússia ira espalhar o seus erros: quem é essa mulher? Nos sabemos, em outubro daquele ano ouve a grande revolução russa, revolução bochevic, em que se instaurou o comunismo e de fato o que aconteceu, a Rússia espalhou o seus erros no mundo inteiro. Existe toda uma realidade do terceiro segredo de Fátima, que foi revelado, pelos menos em parte não sabemos dizer se a revelação foi completa, ou não. Foi revelado o segredo no ano 2000, de que fala de uma perseguição da Igreja, a cidade em ruínas, que simboliza a Igreja, o santo padre sendo atacado e atingido e morre. Bom que revelará algo que ira acontecer no futuro da Igreja, o papa Bento XVI, agora na sua recente viagem a Fátima, falava que o terceiro segredo se refere ao futuro da Igreja. Muito bem, ta ai são as revelações de Fátima, o que nos podemos dizer dessas revelações? Primeiro, são revelações privadas, isto quer dizer que, se uma pessoa, ser um católico for examinar as revelações de Fátima e achar que não são convincentes, e achar que, aquilo la foi um delírio dos pastorinhos que na verdade eles não viram nossa senhora, bom! É lamentável que uma pessoa pense assim, porem, quem pensa assim não é herege, ta entendendo? Eu creio nas aparições de Fátima, mais eu não posso dizer que uma pessoa é obrigada a crer, sobe pena de deixar de ser católico, porque aquilo é uma revelação privada, não está no deposito da fé. Então qual é o tipo de fé, com a qual eu respondo a uma revelação privada? Uma revelação privada exige de mim uma fé humana, ta entendendo? Vamos distinguir aqui a fé divina e a fé uma humana. Ta escrito na bíblia uma coisa la, por exemplo: Jesus diz, isto é meu corpo isto é o meu sangue. É revelação divina. Bom eu não acho muito convincente eu não vejo argumento humanos, convincentes pra me dizer, que o pão é o corpo de cristo e o vinho é o sangue de cristo. No entanto, apesar de eu não ter esses argumentos, se eu não crer nisto eu sou um herege! Ou seja, a fé divina ela é assim, porque foi Jesus quem revelou, porque foi Jesus quem falou, está contido no deposito da fé, a revelação publica se concluiu, deixa eu dizer só pra ficar bem claro, pra você o que e revelação publica. A revelação publica se concluiu com a morte do ultimo apostolo, então nos cremos, que quando Jesus se encarna ele é o mediador e a plenitude de toda a revelação. Morre, ressuscita, sobe ao céus, envia seu espírito santo, e os apóstolos continuam ali transmitindo a sua mensagem, compreendendo melhor essa mensagem, iluminados pelo espírito santo para entender o que Jesus deixou ali durante toda aquele arco de tempo em que os apóstolos ainda viviam a revelação divina, ainda estava acontecendo, quando morre o ultimo apostolo, se conclui a revelação publica, não tem mais nada a ser acrescentado. Nossa fé é apostólica, nos cremos no que os apóstolos creram, o que veio depois disso, é privado, ou seja é algo que você não é obrigado a crer. Então se existe algo que está la claramente na revelação publica, no deposito da fé, na palavra de Deus, contida, a palavra de Deus que se encarnou em Jesus cristo, que está sendo transmitida através da sagrada Tradição e das Sagradas Escrituras, se você não crer, então você é uma herege. Mas, se nossa senhora aparece em Fátima, 1917 e você diz: não, eu acho que não me convenceu, então você não é uma herege, só posso lamentar que você não crer né, mais eu não posso condenar você como herege. Eu posso o que, usar argumentos, mostrar pra você, como por exemplo, a aparição da virgem santíssima em Guadalupe, existe tantos argumentos, cabais extraordinários que mostram, como existe um prodígio em Guadalupe, que aquele manto realmente é extraordinário, é um mistério é um milagre de Deus. muito bem, aquilo que ta la em Guadalupe, porem se você não acredita, você não é herege, embora tenha muitos argumentos convincentes, embora seja algo realmente, humanamente convincente, mais se você mesmo assim se nega a aceitar aquilo, você não é um herege. Porque é uma revelação privada.
Então você ta entendendo qual é a diferença entre revelação publica e revelação privada. A revelação publica ela se deu com a encarnação de nosso senhor Jesus Cristo, e ela se conclui com a morte do ultima apostolo, aquilo que foi revelado ali, neste arco de tempo é transmitido pela Igreja no deposito da fé, você precisa crer no que está la. Há mais eu não concordo, não tem problema, você tem que crer, você agora se vira pra arranjar argumentos que convençam você. Entendeu? A fé ela é assim, a fé divina ela é assim, o intelecto me apresenta uma verdade, qual é a verdade? Jesus está presente na Eucaristia, a vontade então diz: aceite, queira isto, afirme isto, abrace isto. O intelecto pode espernear e dizer, a mais eu não tenho argumentos concretos, não tem problema, creia! É uma to de vontade, assistido claro pela graça divina, porque a fé é uma virtude téologal. Mais existe um ato de vontade humana ali, existe algo que você tenha que dizer: eu creio, eu creio porque eu quero crer, eu creio porque assim me foi revelado. Como disse são Pedro a Jesus naquela pesca milagrosa; Senhor, por tua palavra jogarei as redes, ou seja, são Pedro humanamente não tava convencido com aquele negócio iria da certo, ele tinha pescado a noite inteira, ele era pecador experiente, ele sabia muito que é de noite que se pesca melhor, e se ele não pescou de noite não ia ser de manha que a coisa ia acontecer. Então os argumentos intelectuais humanos estavam la todos de pé falando para Pedro é estupidez não faça isso, mais ele por uma ato de vontade, diz: por tua palavra eu jogarei as redes, eu lançarei as redes por você ta dizendo. Assim também nos na nossa fé, é uma realidade não por causa das razões convincentes mas por causa da autoridade de quem diz, já que é Jesus quem está dizendo isso, então eu creio. Você pode não crer, por exemplo humanamente, acha muito pouco provável a existência do demônio, mas já que Jesus revela isso, então eu creio, eu dobro a minha fé diante dessa revelação. Ta entendendo? É um ato de vontade, que diz eu creio. Então veja só, a fé divina como ela acontece, a fé divina, Deus se revela, apresenta para mim uma verdade, o meu intelecto vê aquela verdade, e então a vontade humana sustenta aquilo, e diz, eu quero! Ali acontece a fé. Tudo isso só possível com a graça de Deus, tudo isso só é possível com o auxilio de Deus. e as revelações privadas? Bom, as revelações privadas elas não estão no deposito da fé, então eu não tenho fé divina e católica, ou seja, eu não preciso crer nelas com fé divina e católica, eu não preciso crer com fé divina e católica, que nossa senhora apareceu em Fátima, eu preciso estudar os argumentos pra ver se ela está realmente em sintonia com minha fé. Então se aquilo te convence você crer. Mais o que a Igreja faz com essas aparições? O que a Igreja faz, o que ela carimba, as aparições dela diz assim: o fiel católico pode crer tranquilamente nisso daqui, por que? Porque não contem nenhuma heresia. Então as manifestações da Igreja, como por exemplo, Lurdes, Fátima, Guadalupe, quando a Igreja se manifesta sobre aparições, a Igreja está dizendo, creia se você vê argumentos suficiente pra crer, você não é obrigado a crer, mais se você crer saiba, ali não tem nada de errado, é uma espécie de certificado de que está isento, de heresias, entendeu? Então veja o que o catecismo diz:
nº67 Guiado pelo Magistério da Igreja, o senso dos fiéis sabe discernir e acolher o que nessas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou de seus santos à Igreja.
as vezes é necessário discernir, as vezes é necessário ver, que isto que a virgem Maria esta dizendo realmente é um apelo de cristo, é uma apelo de seu santos. Mais existe alguns detalhes que as vezes, parece que, não é exatamente o que uma coisa de revelação divina exata! Por que? Porque os videntes as vezes colocam coisas da cabeça deles. É Deus que se manifesta uma visão? É. É a virgem Maria que se manifesta numa visão? É. Mais aquilo la não ta ausente as vezes de imaginação do vidente. Então a coisa não acontece de forma, pura. Então é necessário ter um senso dos fieis. O que é isso, sensos fidelium. Você tem os sentidos né? Qual é o sensos da audição? O sentido de ouvir. O sensos da visão, é o sentido, o sendo o sentido, de ver. Tato, paladar, e assim por diante. Pois bem. A Igreja está falando aqui do um sexto sentido. O sentido da fé. Os fieis eles sabem intuir onde é que ta a fé católica. Você vê por exemplo, ouve épocas da historia da Igreja que a fé católica, foi salva praticamente por fieis, havia sim a guia do magistério, mais o magistério tava confuso, os bispos estavam numa situação complicada. Você vê a crise ariana, no inicio da Igreja no século IV, por volta de 325 até 381, ouve ali sessenta anos de tremenda confusão da Igreja, por que? Porque cerca de 80% dos bispos, não foram oito, foi oitenta 80% dos bispos, você imagine por exemplo, se agente fizesse os cálculos aqui no Brasil, se o Brasil tivesse 100 bispos, de 100 somente 20, ficaram fieis, os outros 80 se tornaram herege. Foi o que aconteceu no arianismo. Então é como se nos tivéssemos aqui no Brasil, aqui no Brasil atualmente temos cerca de uns 400 bispos, somente 100 bispos tivessem ficado fieis, e os outros trezentos, tivessem vacilado na fé, apostatado. Pois bem, essa era a crise do arianismo, em que duvidava da divindade de Jesus, cerca de 80% dos bispos começaram a não crer que Jesus era Deus!
O que acontece? A fé foi salva pelos fieis, ou seja havia aquele grupo pequeno de bispos que continuou fiel, mais a maioria esmagadora dos fieis continua fiel. É o que agente ver muitas vezes na situação da Igreja atual, em que bispos e padres as vezes ficam calados, mais os fieis, eles tem o sensos fidei, eles tem o sentido da fé, eles tem essa percepção.
A dona Maria la da Igreja que é do apostolado da Oração, que é da legião de Maria, ela pode não ter formação catequética ,ela nem ta fazendo o curso de catequese com o Padre Paulo Ricardo na internet, não fez essa formação intelectual boa, mas ela tem um sentido, um sexto sentido, ou seja, o sentido da fé, ela ouve o padre falar e diz, esse padre ai sei não tem alguma coisa errada, ela não sabe dizer o que é, ela diz, essa não é a fé da Igreja, e continua crendo na fé da Igreja de sempre, porque ela tem um sentido dos fieis. Então o que é que o catecismo ta dizendo? Que para a questão das revelações privadas, nos temos que usar, nos temos que ter esse sentido aguçado, esse sentido dos fieis que sabe distinguir o que é católico e o que é esquisito, que não parece ser muito católico, e ficar com um pé atrás. Então, claro ninguém aqui de nos pode ser culpado dessa responsabilidade, ninguém pode tomar essa decisão por você, você chegar e dizer assim: a padre Paulo o senhor acredita, ou não acredita em tal aparição da virgem Maria? Veja eu posso dizer pra você qual é a minha opinião, mais isso não exime você, não isenta você de ter que estudar e ver com argumentos humanos de você se convence, ou não, daquela realidade que está la. Então o magistério da Igreja pode te ajudar, sobre a guia do magistério, mais você tem que exercer o seu sentido de fiel, senso fideis, o sentido da fé. Então isso daqui é muito importante. Paramos por aqui.
14_A Transmissão da Revelação Divina
VII AULA – PARTE I
Nos estamos começando o artigo nº2 do catecismo, no que está apartir no numero 74, a transmissão da Revelação Divina. So pra você se localizar, o que nos vimos nas aulas passadas. O Artigo nº1 desse capitulo 2, que é o capitulo no qual nos encontramos, falava da revelação de Deus. então no artigo nº1 nos vimos lentamente com muita tranqüilidade qual é o projeto de Deus com a revelação nas varias etapas da revelação, vendo que havia uma revelação natural, de alguma forma também está na criação. vimos que ouve um aliança de Deus com Noé. Depois toda a historia do povo de Israel com Moises etc. até que chegamos a Jesus cristo que é o centro de toda a revelação, ele não somente é o centro da revelação como ele é a própria revelação de Deus. finalmente falamos das revelações privadas. É interessante notar que nos estamos seguindo bem de perto a constituição do concilio vaticano II, chamada Dei Verbum. Então assim como a primeira parte da dei verbum, fala da revelação divina, agora essa segunda parte da dei verbum fala também da transmissão da revelação divina, e é isso que o catecismo trás para nos.
Bom, do que se trata? O que nos estamos falando quando nos falamos de transmissão da revelação divina. Deus falou através de Jesus Cristo, mais seria inútil Deus falar através de Jesus cristo e a noticia não chegar em lugar nenhum. Por exemplo, eu to aqui falando com você 02:35